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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Mediocridade de alguns deputados timorenses prejudica o país na ONU

M. Azancot de Menezes
M. Azancot de Menezes
PhD em Educação / Universidade de Lisboa. Timor-Leste

O presidente de Timor-Leste, devido à mediocridade intelectual e falta de visão política de alguns deputados, foi impedido de sair do país para participar na 74ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.

Francisco Guterres (Lu-Olo), presidente da República Democrática de Timor-Leste (RDTL), por razões exclusivamente subjectivas, reveladoras da incapacidade intelectual e política de alguns deputados, foi impossibilitado de sair do país, pela 3ª vez, neste caso, para participar em cerimónias oficiais no exterior, fundamentais para projectar a imagem do país e consolidar iniciativas da própria embaixadora timorense junto da Organização das Nações Unidas (ONU).

Assuntos tratados na 73ª Sessão da Assembleia Geral da ONU

No âmbito da 73ª Sessão da Assembleia Geral da ONU que decorreu em Setembro e Outubro de 2018, onde participaram chefes de Estado e de governo de 193 países, Milena Pires, embaixadora timorense junto da ONU, na minha perspectiva uma mulher de alto gabarito intelectual, pronunciou-se publicamente em relação a algumas iniciativas previstas pelo Estado timorense, como apoio financeiro e propostas concretas conducentes ao desenvolvimento de importantes reformas neste organismo.

Em termos concretos, Maria Helena Pires referiu que Timor-Leste quer fazer pequenas doações para “o fundo do coordenador residente da ONU”, dentro de 4 anos, principalmente para impulsionar outros países a fazerem o mesmo, e que o Estado timorense também pretende apoiar a ONU em diversas áreas.

A questão da importância da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) também foi abordada, sendo um assunto que deve ser consolidado e desenvolvido sempre que se proporcionar, o que não está a acontecer, a avaliar por mais esta tomada de decisão absurda de alguns deputados do parlamento timorense.

Português é defendido por Timor-Leste e deve ser língua oficial da ONU

Todos sabemos, hoje, a língua portuguesa é falada por cerca de 260 milhões de pessoas. Segundo vários especialistas na matéria, com a explosão demográfica, em particular em Angola e Moçambique, até ao final do século, o português poderá ser falado por 500 milhões de pessoas.

Timor-Leste, um dos países que integram a CPLP, também é um país defensor da língua portuguesa, uma das línguas oficiais, a par do tétum, pelo que, tem grande responsabilidade no sentido de sensibilizar e solicitar apoio aos países membros da ONU para que se tome uma deliberação conducente à introdução da língua portuguesa neste organismo internacional.

O Presidente da RDTL é um dos grandes defensores da língua portuguesa, para além do líder histórico da resistência Kay Rala Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak (actual primeiro-ministro), e jamais devia ter sido impedido por alguns deputados do Parlamento Nacional de deslocar-se a Nova Iorque para poder participar na 74ª Sessão da Assembleia Geral da ONU que está a decorrer, presidida pelo nigeriano Muhammad-Band.

 

Enquanto chefe de Estado de Timor-Leste, a presença de Francisco Guterres (Lu-Olo) na 74ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, iria reforçar as posições assumidas pela embaixadora Milena Pires na 73ª Sessão da Assembleia Geral que ocorreu em 2018 e projectar a imagem do país em todo o mundo.

Será que os deputados em questão acompanham a política externa de Timor-Leste?

Será que os deputados em questão têm a noção exacta dos prejuízos que provocam ao país devido aos seus actos irreflectidos que só demonstram incongruência e falta de visão política?


 

Em defesa da língua portuguesa em Timor-Leste


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