Corredores e outros dispositivos das “novas rotas da seda” são a estruturação de um império que controle toda a Eurásia. De um império chinês, claro.
Ao domínio (não desafiável) americano dos mares, Pequim procura responder com o controlo das terras, criando uma circulação alternativa que estruture todo o território da Eurásia.
Ao olhar o mapa abaixo, ganha-se a impressão de que a matriz do clássico inglês continua a reger as coisas do grande jogo…
Pequim tem massas humanas suficientes para inundar a Eurásia, das estepes russas até ao nosso mar atlântico… Mesmo Putin, há uns 4 anos, dava evidentes sinais de grande incómodo e preocupação com a ‘inundação’ de chineses na Sibéria.
Putin teve, entretanto, que resolver o problema da tentativa ocidental de estrangulamento da Rússia e viu-se forçado a ‘esquecer’ isso e a fazer uma aliança com os “diabos amarelos” para sobreviver ao estrangulamento. Primeiro, sobreviver, depois, logo se verá, terá ele pensado.
Em Pequim (desde que a “harmonia” interna se mantenha…) não há pressas, como é do seu código genético em matéria de cálculo estratégico. Isto quanto às coordenadas espaço e tempo.
Da iniciativa de Xi Jinping, vem agora a resposta ao “que fazer?” com tais coordenadas, para potenciar a posição chinesa no seu combate pela hegemonia global.
O mapa abaixo é o retrato possível dessa resposta, retrato que mostra a montagem do assalto ao Heartland e da estruturação de uma presença forte e dinâmica no Rimland…
Que diria o Mackinder destas “novas rotas da seda”?
Certamente, ele murmuraria “who rules the Heartland commands the World-Island: who rules the World-Island commands the World”.
Exclusivo Tornado / IntelNomics