O site activista Avaaz apela a que seja assinada uma petição contra os “assassinatos de honra” no Paquistão. A história por detrás desta causa é a de Saba, uma jovem paquistanesa, que se casou com o homem que amava. Porém, o pai da jovem não aceitou o casamento; atingiu a filha a tiro na cabeça e atirou-a ao rio. A jovem sobreviveu, mas o pai pode não ser preso ou julgado, caso Saba o perdoe. E a pressão social e pessoal é grande para que a jovem o faça.
De acordo com os activistas do Avaaz, o Paquistão tem das mais elevadas taxas de “assassinatos por honra” do mundo: a cada noventa minutos, uma mulher é morta porque o pai dela deseja casá-la à força com um noivo que, na maioria dos casos, ela não conhece, ou porque ela se casou de facto com alguém “indesejado”.
Os activistas sublinham que esta prática nada tem a ver com a religião muçulmana. A maioria das religiões condena e rejeita estes crimes. Na região, apesar da cultura ser muito rica, a mentalidade conservadora considera a mulher como propriedade do pai, irmão mais velho ou marido.
O Avaaz acredita que, quanto mais pessoas souberem da situação e assinarem a petição, a pressão mediática e política sobre as autoridades paquistanesas será maior; pode mesmo desbloquear a aprovação de legislação, prometida pelo primeiro-ministro paquistanês, que acaba com a premissa de que, uma vez perdoado, o agressor não será julgado pelo crime.