“Estamos igualmente preocupados com a boa governação na Malásia e o estado de direito,” disse Najib aos jornalistas sobre as investigações internacionais após uma reunião com a Chanceler alemã Angela Merkel.
“Estamos dentro dos parâmetros da boa governação e do estado de direito; a Malásia fará o seu melhor para cooperar e fazer o que for necessário.”
Najib afirmou, ainda, ter-se oposto à convocação de eleições antecipadas antes de 2018, dizendo que “tal decisão não deve basear-se em «qualquer fator único»”.
“Vamos confiar no trabalho que fizemos . Temos provas dadas e vamos continuar a dizer ao povo da Malásia que o nosso governo ainda é a melhor escolha”, acrescentou.
Entretanto, o grupo democrata malaio Bersih, liderado por Maria Chin Abdullah, agendou uma manifestação de protesto para 19 de Novembro para pedir a renúncia imediata de Najib e uma investigação independente sobre o escândalo financeiro que envolve o 1MDB.
O 1MDB é um fundo estatal que Najib fundou em Setembro de 2009 para investir em propriedade estratégica e projectos de energia. Najib foi presidente do Conselho Consultivo do 1MDB, até recentemente.
Os Promotores de Justiça dos EUA entraram com acções cíveis em Julho, alegando que o país foi defraudado, pelo 1MDB em mais de 3,5 mil milhões de dólares.
O Wall Street Journal informou que os investigadores acreditam que mais de mil milhões de dólares terão sido desviados e terão entrado em contas bancárias de Najib. Os ficheiros dos EUA referem-se ao funcionário de alto escalão sem nome que recebeu uma parte dos recursos desviados.
Uma fonte próxima das investigações disse à Reuters que o funcionário não identificado será Najib. Contudo, este nega qualquer irregularidade. O primeiro-ministro tem resistido a persistentes pedidos para que se demita face ao seu alegado envolvimento no escandalo que está a ser investigado em cinco outros países.
Fonte: Ethical Alliance