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João de Sousa

Quarta-feira, Abril 24, 2024

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

É importante para a estabilidade do país que haja uma boa relação entre o Presidente e o Primeiro-Ministro.

Todavia não têm que estar sempre de acordo. Acho até salutar existirem opiniões diferentes e divergências. Não acho que haja crise nas relações entre o Presidente da República (PR) e o Primeiro-Ministro.

O que acho é que o PS estava mal habituado. O PR tem sido incansável no apoio ao PS quer em Portugal quer na EU. Tem sido um garante da estabilidade. O PS não tem que ficar chocado com a reacção do PR sobre os incêndios. Tem é que ler os sinais dados pelo PR. Marcelo quer celeridade, acção, e resolução dos problemas das populações que ficaram indefesas e sem nada. Não quer que volte a repetir-se este cenário dantesco.

O PS nesta questão dos incêndios tem que assumir a sua quota de responsabilidade, todavia todos os governos anteriores desde o PSD, CDS e PS não estão isentos de culpas, pois nunca puseram em prática a grande questão: “prevenção contra os Incêndios e meios para os combater”.

António Costa que mostrou uma habilidade ilimitada para formar este governo de maioria de esquerda, tem demonstrado uma inabilidade confrangedora no dossier incêndios. Por outro lado, deve mandar calar os seus correligionários socialistas e pedir-lhes contenção e menos arrogância.

Marcelo é um homem muito inteligente, livre e sagaz. Marcelo é daquelas pessoas que todos nós gostávamos de ter como amigo. Mas, se não pudermos ter como amigo, convém não o ter como inimigo.

A pior coisa que poderia acontecer neste preciso momento era uma crise institucional: uma má relação entre Marcelo e Costa. O país precisa de estabilidade e que este governo faça o que tem a fazer.

O PS nos tempos mais próximos tem que aprovar o O.E. 2018, lidar com o protesto da Função Pública e perceber que o próximo líder do PSD vem aí com toda a força. O país precisa de paz institucional e de cumprir o caminho traçado de redução do défice e da dívida pública.

Eleições antecipadas não é o caminho. Ainda para mais, que não há o vislumbre de uma alternativa (ainda não saiu fumo branco do PSD).

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