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João de Sousa

Sexta-feira, Julho 26, 2024

Viver para crer. Cuidado com o que se lê!

NINM
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Colaboração do Núcleo de Investigação Nelson Mandela – Estudos do Humanismo e de Reflexão para a Paz (integrado na área de Ciência das Religiões da U.L.H.T.)

… e o exercício exaustivo da passagem das mesmas por todos os crivos ao nosso alcance.

Algumas das imagens que recebemos são falsas, sejam fotográficas ou de video. Alguns sons são montagens de estúdio, o mesmo estúdio que na véspera sonorizava o filme de ação de Hollywwod. Alguns depoimentos foram encomendados e escritos para parecerem o que são: opinião publicada capaz de manipular a opinião pública.

Os interesses por detrás da mentira são evidentes; ágio e lucro comandam o mundo, mesmo quando ingenuamente acreditamos que o sonho comanda a vida. Por detrás dos presidentes mais poderosos, estão sempre poderes muito mais sólidos e de muito maior poder.

As notícias que nos chegam e que não vieram às capas dos jornais cruzam o multimilionário George Soros, o mais pequeno milionário Donald Trump, e um grupo de voluntários que se apresenta como a Defesa Civil Síria, conhecido entre espetadores atentos da guerra no médio oriente como Capacetes Brancos.

Vamos por partes: George Soros é o ricaço que alegadamente perdeu cerca de mil milhões pela eleição de Donald Trump (Soros é sobretudo um especulador e nestas eleições, na hora da verdade, viu os investimentos saírem gorados).

Donald Trump é, por seu turno, o homenzinho que, em minoria de votos populares mas com mais apoio do Senado norte-americano, será o surpreendente Presidente (deficientemente eleito) dos Estados Unidos, tendo então nas mãos as chaves de poder mais poderosas do nosso Planeta (um Planeta que ele, aliás, despreza como casa comum de todos nós, dele e dos seus incluídos).

Soros, no passado, gastou fortunas para eleger Barak Obama, e muito mais para manter os Estados Unidos em rotas de colisão que permitissem aos seus negócios gerarem grandes lucros continuados – a guerra, já se sabe, é uma da melhores fontes de riqueza.

George Soros é um empresário e homem de negócios, um velhote à beira da morte, com quase 90 anos, que casou com a namorada de 40 anos em 2013. O mesmo velhote que detém uma fortuna que está no ranking das maiores do mundo. O seu património é, de acordo com a Forbes, a revista de negócios e economia americana que sabe destas coisas, para lá dos 25 mil milhões de dólares. É húngaro de nascença, americano de naturalização e judeu.

O seu verdadeiro nome é Schwartz György. Veio agora à baila, como uma das fontes de financiamento dos Capacetes Brancos, organização que todos julgávamos impoluta e digna de distinções e que parece ter sido apanhada a criar vídeos de guerra (encenados, manipulados e manipuladores) e a entrar em ação já após as execuções das ações de guerra, de modo a mostrar ao mundo a sua versão dos aconteimentos.

A organização recebe financiamento oficial do governo dos EUA e do Reino Unido; tem sido uma das principais fontes de todos os tipos de acusações contra a Rússia, incluindo massacres de crianças em bombardeios. Aspira ao Prêmio Nobel da Paz (este ano recebeu o Right Livelihood, conhecido como o “Prémio Nobel Alternativo”).

A verdade parece ser que não são a verdadeira Defesa Civil na Síria que foi criada em meados do século passado e faz parte da Organização Internacional de Proteção Civil desde 1972. A organização dos Capacetes Brancos, que depois adotou o nome de Defesa Civil Síria, foi criada no final de 2012 e início de 2013 como uma força humanitária alternativa e atua nos territórios controlados pela oposição armada, especialmente a Frente al-Nusra, vinculada à Al-Qaeda. Afirmam que “salvam gente de ambos os lados do conflito”…desde que não seja a gente leal ao governo sírio.

O sítio da Internet dos Capacetes Brancos pertence ao grupo de advocacia The Syria Campaign, registado no Reino Unido, que expressa diretamente o seu repúdio tanto contra o presidente sírio, Bashar Assad, quanto contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico).

A fonte principal que nos esclarece sobre esta tremenda e chocante mistificação é a Reuters, aparentemente isenta e credível. A Reuters é uma agência de notícias britânica, a maior agência internacional de notícias do mundo, com sede em Londres, o que, nos dias de hoje, conjunto de factos que não garantem rigor, isenção e credibilidade, às notícias da agência – mas que, mesmo assim, seguimos e seguiremos com atenção muito interessada.

Este artigo respeita o AO90

Nota do Director

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