Diário
Director

Independente
João de Sousa

Terça-feira, Março 19, 2024

Vote! Não custa nada

No dia 30 de janeiro do corrente ano vai o eleitorado Português pronunciar-se sobre qual, ou quais, a, ou as, forças políticas e, por consequência, qual o modelo de economia que pretende para o País na justa medida em que todas as forças políticas tem acentuado no discurso de campanha político partidário as soluções económicas que pretendem implementar e, ou, reforçar, nos vários segmentos da economia nacional, desde a economia social onde o Estado tem espaço predominante à economia liberal que defende um Estado sem qualquer intervenção nas diversas atividades económicas supostamente agilizadas pela iniciativa privada, salvo para lhes acudir sempre que estejam com dificuldades.

Não pode por isso vir o cidadão eleitor fazer alarido sobre a perda de qualidade de vida, uma vez que do contrário nunca se queixa, seja nas redes sociais ou outros quaisquer meios de divulgação da sua opinião distinta, se tiver prescindido dessa sua oportunidade de pronúncia sobre o futuro do País,  votando no partido político que maior confiança lhe merece.

Portugal, pese todas as vicissitudes de percurso, nos últimos cinquenta anos da sua  História conseguiu o inimaginável: deixar para trás um lastro de fome; precaridade; guerra colonial; e de vida miserável; que afetava de forma transversal quase toda a sua população, para, volvidos esses anos, se apresentar como um País moderno onde a democracia proporcionou condições para que as populações tenham hoje uma qualidade de vida significativamente melhor.

A Constituição da República Portuguesa aprovada na Assembleia da República em 1976 mesmo com as sete  revisões a que foi sujeita, consagra um vasto leque de direitos do Estado para com os cidadãos que representam a alma da vida em sociedade de forma racional e de equidade equilibrada e justa.

Essa mesma Constituição da República não instituiu o voto obrigatório por imperativo democrático de liberdade deixando que seja cada um a decidir por si, e em consciência, sobre essa atitude: votar ou abster-se de o faze ou pura e simplesmente depositar na urna o seu voto sem qualquer aposição de intenção (voto em branco) mas também a possibilidade de anular o seu voto como entender.

O voto é assim o procedimento mais eficaz de intervenção política do cidadão na defesa dos seus interesses individuais e coletivos de forma a que todos tenhamos mais e melhores condições de vida.

Sendo que, a abrangência dos interesses individuais por ser tão diversa, não dispensa a arquitetura de um modelo onde sejam claras as linhas mestras da organização social e de partilha, ou de arrecadação privada, dos rendimentos e dos resultados coletivos.

Importa por isso, e para essa arquitetura, decidir sobre quais os valores e paradigmas ideológicos pretendidos para a governação do País e, através do voto, dizer qual de entre os diversos partidos políticos representativos de interesses socialmente distintos, deve Governar o País.

Votar, acaba sendo um ato de cidadania e de civismo para com o próprio, os seus, e a sociedade em geral.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -