Amnistia Internacional denuncia aumento na perda de vidas no Mediterrâneo Central, bem às portas da Europa.
A organização de direitos humanos expõe o impacto devastador das políticas europeias que visam fechar a rota do Mediterrâneo Central, provocando um aumento no número de perda de vidas: 721 refugiados e migrantes morreram nas águas às portas da Europa tão só entre Junho e Julho deste ano.
Este documento destaca as novas políticas e práticas adoptadas pela Itália, em resultado das quais as pessoas são deixadas à deriva no mar, e analisa também a forma como os países da União Europeia conspiram entre si para conter refugiados e migrantes na Líbia, onde ficam expostos a abusos e a tortura.
Apesar da queda no número de pessoas que tentam atravessar o Mediterrâneo nos últimos meses, o número de mortes no mar aumentou. A responsabilidade pelo crescente número de mortos recai sobre os governos europeus que estão mais preocupados em manter as pessoas fora da Europa do que com salvar-lhes a vida”.
As políticas europeias permitem que a Guarda Costeira da Líbia interceptasse as pessoas no mar, desautorizasse resgates, impedindo o trabalho vital das ONG de resgate. O recente aumento das mortes no mar não é apenas uma tragédia – é uma vergonha”.
O briefing, intitulado “Between the devil and the deep blue sea. Europe fails refugees and migrants in the Central Mediterranean”, (Entre a espada e o profundo mar azul: o fracasso da Europa aos refugiados e migrantes no Mediterrâneo Central).
A Amnistia Internacional mantém em curso a campanha global Eu Acolho, com a qual defende reformas de fundo das políticas e práticas de migrações, asilo, acolhimento e integração no mundo inteiro. O manifesto desta campanha será entregue, na versão em português, ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e pode ser assinado no site da Amnistia Internacional Portugal, em Eu Acolho.
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