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João de Sousa

Sábado, Abril 27, 2024

A identificação da doença

NINM
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Colaboração do Núcleo de Investigação Nelson Mandela – Estudos do Humanismo e de Reflexão para a Paz (integrado na área de Ciência das Religiões da U.L.H.T.)

Dias depois de termos assinalado no Jornal Tornado os conflitos de interesse entre os negócios do construtor civil Donald Trump e o seu cargo atual, a propósito do impedimento da entrada de cidadãos de alguns países no território norte-americano, artigo que, aliás, foi “contestado” sem contraditório notável, apenas por um – um! -, dos nossos leitores, eis que o jornal francês Le Monde, baseado provavelmente em fontes próximas das que nos suportaram na altura, revela com muitos pormenores esses mesmos conflitos de interesses.

Convém repetir que apesar do seu comprometimento social, que é o da promoção de uma sociedade de valores humanistas, perseguidora da justiça e da harmonia humana, o nosso Núcleo é de investigação – e rege-se sob princípios da investigação académica. A investigação académica é essencial para a construção de países desenvolvidos e capazes de reconhecer os seus problemas e solucioná-los.

O desenvolvimento da investigação é fundamental para o trabalho académico, gerando novas teorias que vão contribuir para o desenvolvimento da disciplina em estudo, da universidade, e de toda a comunidade académica.

O principal objetivo do nossos estudos consiste em conhecer, compreender e caraterizar as tendências do mundo contemporâneo – e aprofundá-las.

Escrever no Jornal Tornado é produto da convicção de que estudar ou investigar, ser académico, não equivale a percorrer e frequentar circuitos fechados.

Quanto mais abertas estiverem as portas menos tabus existirão entre a sociedade em geral e o mundo do saber que deve estar ao seu serviço. Sabemos isso. Donald Trump não. E já fechou portas a investigadores e a linhas de investigação. Tornámo-lo, portanto, um dos elementos dos nossos estudos.

Dizer que Trump é um magnata que corre pelos seus interesses e que é manipulado por interesses superiores aos seus, tornou-se já uma afirmação corriqueira. As provas acumulam-se para o definir.

Discernir que é um dos estadistas mais impreparados para tão elevado cargo entre todos os que conhecemos da história mundial (não só da contemporânea, mas da história universal que, só por si, está polvilhada de tantos imbecis)  é uma tarefa que alguns empreendem, mesmo havendo outros, instrumentalizados e muito ativos, que procurem brandir a bandeira Donald Trump atribuindo-lhe feições e visões messiânicas (coisa que já nem os membros do seu partido fazem com grande convicção, começando a somar-se a crítica interna à esmagadora crítica externa).

Mas a identificação da doença não conduz à cura. E Donald Trump vai deixar muitas marcas de destruição massiva antes de uma hora da justiça que o arrede.

Por enquanto está no primeiro mês de ação, é só uma anedota com um penteado obsoleto, um boçal que não sabe falar nem pensar, que insulta as minorias, as mulheres, a imprensa e aparentemente alguns elementos da sua família. Dizem que anda de roupão na Casa Branca, como se estivesse sempre pronto para dormir a sesta.

Deseja-se que o mundo não acorde tarde de mais, perante as suas bizarrias.

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