Soneto de Carlos Eduardo da Cruz Luna
Alentejo que já esqueceste
Ah! Com’ é triste ver o pov’ esquecer
os males vividos em ditadura,
e muito menos ainda perceber
atrás de que rostos ela perdura!Educação, saúde, não são p’ra ter,
num regress’ a tempos de vida dura,
em que só por favor se podia obter
algo mais que pobreza quase pura!Alentejo, terra que foste do pão,
morta p’lo desprezo de quem lá viveu
ou não soube nunc’ aprender a lição…Povo que quase nada teve de seu,
porqu’ alguns poucos tinham tudo na mão,
mal se lembr’ agora do que padeceu…
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