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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Angola: Campanha eleitoral começa no final de semana

Francisco Do Nascimento, em Luanda
Francisco Do Nascimento, em Luanda
Correspondente em Luanda, Angola

Seis formações políticas concorrentes às eleições do próximo mês, têm mais um mês para convencerem os eleitores.As eleições gerais de 2017 aproximam-se e, como é natural, os partidos políticos e coligações limam as últimas arestas de modo a concretizarem os seus objectivos em Agosto. Neste final de semana começa oficialmente a campanha eleitoral que terminará no dia 21 de Agosto, uma vez que as eleições estão marcadas para 23 do mesmo mês. Os candidatos a presidente da República e a deputados a Assembleia Nacional, têm assim os últimos 30 dias para convencerem os mais de 9 milhões de eleitores que irão às urnas em todo o país.

As eleições gerais de 2017 serão as quartas a serem realizadas em Angola, e irão contar com cinco partidos políticos – MPLA, UNITA, FNLA, PRS & APN, e uma coligação de partidos políticos – CASA-CE. Perspectiva-se uma disputa equilibrada no pleito, uma vez que o MPLA – partido no poder, conta com um candidato novo, no caso João Lourenço, enquanto que os seus mais directos oponentes – UNITA e CASA-CE, contam com os mesmos candidatos de 2012, Isaías Samakuva e Abel Chivukuvuku, respectivamente, que já se disponibilizaram a debater com o candidato do MPLA, este por sua vez recusa-se.

A FNLA – um partido histórico, também mantém o mesmo candidato das eleições passada, Lucas Ngonda. Outro partido que também conta com um novo candidato é o PRS, trata-se de Benedito Daniel, o novo presidente do partido, eleito em Maio último, substituindo no cargo Eduardo Cuangana que deixou a liderança dos renovadores sociais por motivos de saúde. A APN irá participar pela primeira vez, e tem como candidato o ex-deputado, Quintino Moreira.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) disponibilizou um bilião e quarenta milhões de Kwanzas a cada uma das forças políticas concorrentes, e garante estarem preparadas todas as condições para que as eleições decorram sem sobressaltos, informação contrariada pela UNITA, uma vez que o maior partido na oposição diz que a CNE está constantemente a violar a lei, e exige aquele órgão, boa conduta antes, durante e depois do processo, para que não haja manipulações nos resultados finais, tais como aconteceram em 1992, 2008 e 2012.

Durante a campanha eleitoral, as seis formações políticas, diariamente beneficiarão ainda de 5 minutos na Televisão Pública de Angola e 10 minutos na Rádio Nacional de Angola, para fazerem chegar as suas mensagens aos eleitores das 18 províncias do país.

A UNITA irá arrancar com a campanha em Luanda – a maior praça eleitoral do país. O MPLA escolheu a província do Huambo para dar o pontapé de saída, apesar de o seu candidato já ter passado pelas 18 províncias na pré-campanha. A CASA-CE e o PRS escolheram a província da Huíla, enquanto que a APN irá arrancar com a sua campanha, na província do Bié.

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