Diário
Director

Independente
João de Sousa

Domingo, Dezembro 1, 2024

Aqui d’el rei! E, viva a Espanha…

Sua majestade, ou como lhe queiram chamar, o expoente politico – e não só – do País vizinho, parte relevante da Península Ibérica, entendeu, e bem, depois de “auscultar” todos os partidos políticos com representação parlamentar, mesmo depois da eleição do Senado que ditou uma maioria de esquerda, indigitar para chefe do governo; Alberto Núñez Feijóo, líder do PP Partido Popular, se o mesmo conseguir a maioria dos votos dos deputados eleitos o que, segundo a imprensa local parece não ser muito provável de conseguir.

Ou seja; sua alteza real “lavou as mãos como Pilatos” e indigitou o líder do partido que ganhou as Eleições Legislativas que nem aliado ao seu parceiro preferencial, o VOX, na linha das alianças regionais, conseguiu uma maioria simples, colocando assim a responsabilidade politica no Parlamento, Órgão das Cortes Gerais de que também faz parte o Senado, considerado a câmara alta e o Congresso dos Deputados, conhecido como a Câmara Baixa.

A realidade é a de que o PP e o PSOE dispõem de espaço negocial para a constituição de um governo sendo que, o PSOE, aparenta reunir um maior consenso como o comprova a eleição do Senado com quatro Senadores da área política à esquerda e três Senadores da área do centro direita.

Perante este cenário, se o PP não conseguir a maioria dos votos pretendida seria de inteira justiça e um reforço para a democracia monárquica respeitar o voto popular e, permitir ao PSOE, a iniciativa de conseguir a maioria necessária para formar governo.

Na impossibilidade de qualquer maioria então sim, convocar novas eleições gerais.

Não me parece ser esse o caminho por pressão da direita Europeia que perdeu a Alemanha mas colocou um governo de extrema direita na Itália cujas consequência o controlo sobre a imprensa oculta; aguarda nova eleição na França e, assim, colocar em causa as democracias na Europa Ocidental de forma a que a União Europeia lhe sirva os interesses financeiros e fiscais como já acontece com o FMI-Fundo Monetário Internacional.

Nesta senda presumo, haverá novas eleições gerais em Espanha, onde o VOX tudo fará para aumentar a sua votação passado que está o efeito Feijóo no apelo ao voto útil.

O PSOE continua com o “rótulo” das amnistias para os independentistas que ousaram desafiar a Monarquia realizando um referendo independentista sustentado na ideia peregrina de que são o pulmão económico do País, o que não corresponde de todo à realidade porque a economia articula valências em todos os domínios da vida onde até as regiões mais pobres tem um peso significativo e relevante no resultado global do PIB, ferramenta que consolida o Orçamento Geral do Estado e os Orçamentos Regionais das autonomias.

Acresce um outro fator de relevo relativo e que tem que ver com os princípios básicos da identidade nacional. Um argumento que peca por omissão da mão de obra usada na manufatura distribuição e serviços que não é da região e desconsidera a multiculturalidade e interculturalidade crescente em todas as províncias gerando uma nova cultura onde a preservação da cultura original é uma obrigação política e académica.

Fica por apurar o impacto SUMAR que reúne condições para subir na consideração do eleitorado a nível nacional depois do susto da direita poder ascender ao poder mas também o possível fortalecimento da esquerda no País Basco, comunidade autónoma no Norte da Espanha. Estas duas possíveis condições permitirão que a esquerda se mantenha no poder e trave a ascensão da extrema direita na Europa Ocidental perante  o cenário de genocídio em alguns locais do globo e de ditaduras selvagem na grande maioria dos Países mais pobres mas também de autentico pandemónio em Países poderosos aonde as Oligarquias impõem as suas regras com base no principio de: “quem não é por mim, é contra mim”. As consequências são as a que temos assistido um pouco por todo o lado.

A globalização exige partilha, democracia e liberdade.

O poder financeiro exige submissão, servidão,  escravatura tenha ela o formato que tiver.

Em Espanha, uns cantam “E, viva a Espanha” e outros clamam “aqui d’el Rei!”.

A ver, vamos…


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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