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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Convento de S. Francisco é nova sala de espectáculos

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Depois de longas obras abriu, este fim-de-semana, em Coimbra, o novo Centro Cultural e de Congressos. Uma estrutura de excelência, ambiciosa, que se torna na maior da Região Centro e uma das maiores do país, e que pretende rivalizar na qualidade da programação cultural com o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e Serralves, no Porto.

Edificado num convento do século XVII, mas que durante muito tempo serviu como instalações  da famosa (e extinta) Fábrica de Tecidos de Santa Clara, o novo Centro Cultural pretende ser um pólo de actividade cultural, com uma programação ambiciosa, mas também palco para Congressos e Convenções.

Manuel Machado, presidente da autarquia conimbricense, considerou mesmo que “a partir de agora, nem Coimbra nem o país vão ficar iguais”, pois esta nova estrutura “ultrapassa os limites da cidade e da região”. “Pela sua dimensão, pela última geração tecnológica dos seus equipamentos e pela visão do que vai ser a programação artística ao longo dos anos”, considerou o autarca.

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Efectivamente, o novo espaço, que preservou a antiga Igreja e os belos claustros do velho Convento de S. Francisco, inclui, além de um largo e bem equipado auditório, outras salas que podem albergar iniciativas culturais como concertos, teatro e exposições.

Uma estrutura de excelência, com uma óptima acústica na sala principal, que “reúne as características de grande sala de espectáculos, de grande área expositiva e de grande centro de congressos”, como considerou Manuel Machado.

Mas para que o novo Centro Cultural e de Congressos não se torne num “elefante branco” será necessário programar para o espaço, espectáculos, exposições e eventos que tragam público a este ambicioso projecto situado na margem esquerda do Rio Mondego, junto do Portugal dos Pequenitos.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra garantiu que a programação do espaço vai trazer até Coimbra espectáculos que, de outra forma, estariam arredados da cidade. Afirmar “a diferença” do novo espaço com uma programação “arrojada” que inclua residências artísticas, procurando mesmo “o insólito, o provocador, o que de mais desafiante tiver a produção artística mundial nos próximos anos”, segundo o autarca de Coimbra, um desafio de peso, que pretende colocar a cidade no circuito mundial das artes dos espectáculos.

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A grande sala do Convento de S. Francisco abriu este fim-de-semana com o regresso a Coimbra de “O Bando” e a sua produção “Os Bichos”, baseada na obra homónima de Miguel Torga. Vinte e seis anos depois “O Bando”, que então tinha actuado no velho e degradado Convento, voltou ao local, mas agora “novinho”, equipado com requinte, pronto para o difícil desafio de se tornar numa das principais salas de espectáculos do país.

Para já, a programação até ao próximo mês de Junho inclui espectáculos de Novo Circo e TAO Dance Theatre e concertos dos Mão Morta & Remix Ensemble, Pedro Burmester e Mário Laginha, Michael Nyman, Benjamin Clementine, Maria Rita e Takami Nakamoto, entre outros.

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