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João de Sousa

Sábado, Dezembro 7, 2024

Dor

Poema inédito de Alice Coelho

Dor

Dói-me
A voz de tanto te chamar
O peito de tanto me entardecer
A garganta de muito gargarejar
Dói-me
A alma que se desperta
Aprofundam-se as rugas da vida
Como histórias de luta comprida
Dói-me
A palavra que não chega
O sorriso que não se desprende
O corpo que no tempo escorrega
A noite que some e se esconde
Dói-me
A claridade dos dias de prata
As noites quentes sem serenata

Ilustração de Petrus Boots

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