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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Faianças Bordalo Pinheiro expõem peças de grande dimensão

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Zé Povinho no largo da Câmara das Caldas da Rainha

Um Zé Povinho de dimensões inéditas, em frente aos Paços do Concelho das Caldas da Rainha, é uma das peças que faz parte da Rota Bordaliana.

Cerca de 20 peças de grandes dimensões criadas pelas Faianças Bordalo Pinheiro fazem parte da Rota Bordaliana que é inaugurada amanhã, 17 de Outubro, nas Caldas da Rainha.

A inauguração da Rota está marcada para as 10h30, na rotunda em frente à estação de comboios da cidade, onde há um ano foi colocada a primeira peça, uma rã com 1,4 metros, que faz parte de um conjunto de azulejos e rãs, num pequeno lago com repuxos.

A ideia desta Rota surgiu há cerca de três anos, com a criação de um roteiro bordaliano por Jéssica Florêncio, que era então aluna finalista do Curso de Turismo da Escola Técnica Empresarial do Oeste. A partir desse guia, que também se iniciava em frente à estação de comboios, a Câmara Municipal das Caldas das Rainha decidiu avançar com este projecto, que faz parte do projecto das obras de regeneração urbana da cidade, numa Candidatura a fundos comunitários denominada “Caldas Comércio e Cidade”.

O município pretende “valorizar um importante activo e contribuir para que os visitantes e munícipes de todas as gerações conheçam melhor a história e o trabalho de Rafael Bordalo Pinheiro”.

Em declarações ao jornal Tornado, o presidente da Câmara, Fernando Tinta Ferreira, referiu que há uma grande expectativa em relação ao número de visitantes que irão procurar as Caldas da Rainha para conhecerem esta Rota e as suas peças.

“Nós sabemos que estas figuras de Bordalo Pinheiro fazem parte do imaginário de todos os portugueses e também de muitos estrangeiros”, comentou, adiantando que o Roteiro irá fazer com que “estes visitantes circulem pela cidade” e contribuir também para a economia local.

Há também a intenção de criar parcerias com as fábricas de cerâmica da cidade, “no sentido de Caldas da Rainha ser também um local onde as pessoas possam vir participar na produção de peças”. O “turismo de experiências” é uma das possibilidades a explorar de forma a tornar esta Rota um destino sustentável, para além da curiosidade inicial que irá despertar.

Entre as peças de grandes dimensões estão o Zé Povinho, a Saloia, o Padre Cura, rãs, gatos, sardões, caracóis, folhas de couve e muitos outros elementos, espalhados pelas ruas da cidade, em fachadas de prédios e até penduradas em árvores (no Parque D. Carlos I). Todas as figuras foram produzidas nas Faianças Bordalo Pinheiro.

Pensada para ser percorrida a pé, a Rota Bordaliana oferece um percurso mais longo, que demora, aproximadamente, duas horas a ser percorrido: começa no Largo da Estação, passando por vários pontos turísticos, relacionados com o artista e com o seu trabalho.

Fazem parte desta proposta edifícios com painéis e fachadas de azulejo, peças toponímicas únicas, peças à escala humana e informações sobre episódios da vida de Rafael Bordalo Pinheiro, terminando na Fábrica de Faianças e Casa Museu Rafael Bordalo Pinheiro.

Existe depois uma Rota mais curta, de cerca de uma hora, mas em que os locais indicados são só os que têm as peças cerâmicas de grande escala. Este percurso termina igualmente na Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro.

Os visitantes poderão percorrer os vários pontos a partir de orientações da aplicação instalada no telemóvel, a CityGuide Caldas da Rainha.

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