A corporação financeira Goldman Sachs vai pagar mais de 5 mil milhões de dólares num acordo judicial, respeitante a acusações de ter enganado investidores em títulos de hipotecas durante a crise financeira, disse o Departamento de Justiça dos EUA.
O acordo, divulgado em Janeiro pela organização, decorre da conduta da empresa na apresentação, securitização, comercialização e venda de títulos relacionados com hipotecas de habitações entre 2007 e 2009 (no início da crise económica nos Estados Unidos), revelou o Departamento de Justiça dos EUA (fonte: jornal Toronto Sun).
Os investidores sofreram milhares de milhões de dólares em perdas com os títulos adquiridos durante esses dois anos, acrescentou o Departamento. A liquidação inclui uma penalização de mais de dois mil milhões de dólares (processo civil) e 1,8 mil milhões de dólares noutras medidas, incluindo fundos para proprietários de casas cujas hipotecas excederam o valor da propriedade, bem como para credores em dificuldades.
Esta acção permite ao governo federal dos EUA avançar com processos criminais contra a financeira e não isenta pessoas singulares de poderem levar a empresa a tribunal.
Para além destas quantias, a Goldman Sachs está condenada a pagar 875 milhões de dólares para resolver acusações dos procuradores-gerais dos estados de Nova York e Illinois, do National Credit Union Administration e do Federal Home Loan Banks of Chicago and Seattle.
Um grupo de trabalho estatal e federal (EUA), criado para investigar más práticas no período antes da crise de hipotecas de habitações, negociou este acordo, disse Eric Schneiderman, procurador-geral de Nova York.
Desde 2012, este grupo de investigação conseguiu alcançar outros acordos de indemnizações com várias empresas financeiras: a JP Morgan Chase pagou 13 mil milhões de dólares, enquanto que o Bank of America pagou 16,6 mil milhões e o Citibank pagou 7 mil milhões de dólares. A Morgan Stanley pagou o mais baixo destes valores: 3,2 mil milhões de dólares.
