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Terça-feira, Julho 1, 2025

O futuro tramita pelas estradas que passamos

Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Marcos Aurélio Ruy, em São Paulo
Jornalista, assessor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Em tempos tão difíceis nos quais uma mulher de apenas 26 anos é deixada para morrer numa trilha turística de um país, e um grandalhão covarde alça uma criança de menos de dois anos e a atira ao chão em um aeroporto, a poesia se faz mais necessária do que nunca.

Mas não qualquer poesia, e sim aquela que nos faz pensar, sonhar e querer ir além. Além dos muros, das vidraças e dos neons. Suplantar as pedras no caminho de Drummond e de todas, todos e todes.

E que maravilha quando recebemos um livro de um amigo com puro deleite de poemas caprichados para superar o desgaste do tempo presente dominado pelas guerras, pela vingança, pelo ódio de classe, de raça, de gênero.

Não a poesia como escape, mas como diagnóstico deste triste momento para a sua superação acontecer com palavras de delicadeza, generosidade, sabedoria.

Afinal, ser bom poeta não é para qualquer um. E Antônio Carlos Queiroz – o ACQ, do Distrito Federal – lança seu segundo livro, Controversos, para gerar controvérsias nas mesas dos bares, nos podcasts, nas redes sociais, em todos os lugares.

Porque “o passado tem causas precisas – nítidas/ Mas o futuro não está escrito – tramita”. Porque “cada sopro é um resgate,/ um minuto a mais/ de gozo e alforria”, assim escreve o poeta como somente os poetas podem escrever.

E como a “arma da crítica”, como diz Marx, “não substitui a crítica fumegante da arma”, chega de blá-blá-blá e vamos à intifada. “Fogo nos fascistas”, como canta Chico César.

O livro de ACQ tem poesias díspares em tema e estética, mas cala fundo no coração anticapitalista que sonha com o mundo socialista, onde predominem a generosidade e a solidariedade humana.

Lembrando sempre que, “Quando falta um ombro/ sempre se pode contar/ cos raios da lua”. Versos tão delicados que levam a pensar e pensar a vida, a vida com a qual sonhamos e queremos para todas as pessoas. Um mundo sem senhores e sem escravos, “um mundo de irmãos”, como diria Dom Hélder Câmara.

Como questiona ACQ: “A quem falta fósforo/ ou pedra de faísca/ para atear a flama?… A quem falta o ânimo/ do vulcão depois de/ longo e sereno sonho?”.

São 190 páginas de pura poesia para pensarmos sobre o mundo que queremos para quem vem depois. Até porque o futuro tramita pelas estradas que passamos.

Para adquirir este livro, entre em contato com o próprio autor, pelo whatsApp 61 99942-5340, e faça o PIX de R$ 69, mais a taxa dos Correios de R$ 10. A chave do PIX é 133.375.801-49. Aí leia as poesias sem moderação nenhuma.


Texto em português do Brasil

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