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João de Sousa

Sábado, Maio 31, 2025

Os outros lados do Prisma

João de Sousa
João de Sousa
Jornalista, Director do Jornal Tornado

isabel-nascimento-2“À guisa de aperitivo” aqui lhe deixamos alguns excertos desta interessante obra de Isabel Nascimento:

 

Quantos exemplos da História temos de atrocidades e corrupção cometidas ao longo dos séculos, dos mais profundos e recônditos berços, assim como, pelo contrário, também o nascimento de pessoas de bem.

É o carácter que define a aplicação o justo e não a apreensão fútil e fugaz da riqueza. O modelar e a construção de uma vida, segundo a regra pode levar a períodos de revolução, de controvérsia, de grupos descontentes com o estado geral da sociedade. Como se mede o justo aqui?

O nível de sofrimento emocional e o desgaste físico que tudo acarreta leva-nos a retroceder séculos. Porque o Homem, à nascença, surge com um instinto de sobrevivência e com necessidade de afecto e tirar-te isso é como se algo obscuro bloqueasse a livre e natural ordem das coisas.

A parte económica e financeira será a estrutura onde assenta a ideia que a sociedade irá aceitar ou não tendo em conta os valores individuais de cada um de nós versus valores sociais. A questão aqui é que têm de estar todas estas partes viradas na mesma direcção quando algo é aceite em maioria (apesar de a discordância de ideias ser o que mantém a ideia no realismo que ela precisa). Isto é uma ideia em ebulição na sociedade dos nossos dias ou devia ser…

capa-lados-do-prismaA concordância entre partes é a parte mais difícil de resolver… O paradigma é aquele que serve a ideia primária ou universal e não interesses pessoais. Ficamos em perigo quando aceitamos na generalidade uma ideia e depois não é aplicada, ou seja perdemos todo o sentido de valor, princípio, regra e passamos a contrariar o que realmente queríamos no inicio tendo a tendência então de cair no ridículo.

A Ideia de um novo sonho que sai gradualmente do esquecimento, surgirá naturalmente de um prisma individual em que o Homem nas diversas opções mentais e exteriores lentamente começará a delinear as fronteiras internas do real, do já obsoleto, do excesso e do renovador. É algo natural das eternas opções, caminhos que necessitam de ser abertos às complexas sociedades através das interligações individuais com o outro, tendo em conta a riqueza interna que eles transportam.

É um espaço de abertura, que como disseste, vem dos límpidos pensamentos e começa quase imperceptível a criar um novo prisma de novas facetas que o próprio Homem era incapaz até um dado momento de entender, “estados de graça” para gerir objectivos mais altos.

São seres biológicos os que nos habitam, do átomo ao processo químico, da emoção à razão, das partes dissecadas até ao conhecimento humano, uno, vertical, e pleno funcionamento. Somos uma obra de arte interna, um desafio da própria vida, mente e corpo na complexa articulação (simbiótica) dos órgãos e que os torna únicos, simples e complicados! Paradoxo orgânico e neurológico. Um ultimato na responsabilização à sobrevivência da própria espécie através da preservação da outras espécies que em mim habitam.”

In “Outros lados do prisma” de Isabel Rodrigues

Chiado Editora

Preço€15

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