Quinzenal
Director

Independente
João de Sousa

Sábado, Maio 10, 2025

Os USA ao ataque, pela esquerda?

É, no mínimo, surpreendente que os Estados Unidos da América através do seu Presidente, Joe Biden, tenha afirmado publicamente a possibilidade de colocar em discussão a suspensão dos direitos das patentes no domínio das vacinas contra o SARS Cov 2

É, no mínimo, surpreendente que os Estados Unidos da América através do seu Presidente, Joe Biden, tenha afirmado publicamente a possibilidade de colocar em discussão a suspensão dos direitos das patentes no domínio das vacinas contra o SARS Cov 2, Covid 19, permitindo assim o seu fabrico em Países terceiros sem a obrigatoriedade de pagar direitos de propriedade tida por, “intelectual”, de proteção ao interesse das farmacêuticas. Uma prática em desuso acelerado em outros domínios das atividades empresariais onde a concorrência é muito mais acentuada e por isso tida por, “livre concorrência”.

Desta forma, o epicentro do liberalismo económico e referência maior dos defensores da iniciativa privada como modelo de organização social e económica, tomou a dianteira, deixou estupefactos os seus correligionários e, deixou para trás a União Europeia muito mais habituada a negociar cedências do que a tomar posição firme contra os interesses financeiros instalados tendo inclusive claudicado de forma recambolesca perante um fornecedor de vacinas para o combate ao Covid 19 que não cumpriu o contratualmente acordado entre as partes sendo que, uma delas, a União Europeia, se ficou por discursos vagos sem quaisquer efeitos ou consequências numa clara vassalagem muito mal disfarçada.

Todos sabemos que as fantasias sobre o modelo para uma Europa Social foi um projeto inquinado desde o seu início por interesses que não só ostracizam esse modelo político, como lhe minaram todo o trajeto social e económico em prejuízo dos interesses dos seu povos ao ponto de as organizações políticas xenófobas e racistas estarem hoje em posição privilegiada para viabilizar soluções de governo da direita que entretanto extremou o seu projeto político e económico de inovação social e política, augúrio de dificuldades na projeção do futuro para as novas gerações.

Aquilo que não sabíamos, ou sequer imaginávamos, era a possibilidade de a simples mudança de Presidente nos Estados Unidos da América poder contribuir, afrontando interesses financeiros poderosos como o são os da indústria farmacêutica, para que os Países mais pobres pudessem enfrentar a pandemia em curso por sua própria conta e risco e com custos diretos altamente vantajosos que lhes permitam vacinar as suas populações e, por essa via, contribuírem para a suspensão do alastramento pandémico e a sua possível reversão.

A eleição de Joe Biden recolocou os Estados Unidos no centro de todas as decisões estratégicas de salvaguarda da vida no Planeta desde logo com o retorno ao acordo de Paris mas também ao reverter as principais medidas tomadas pelo seu antecessor. Sendo que, ao afrontar o mais poderoso movimento corporativo à escala mundial, como o é o da “família” da indústria farmacêutica, deu ao mundo um sinal claro de que a Nação Americana está acima de todos e quaisquer interesses que ponham em causa a sua segurança, estabilidade política e social interna, num mundo globalizado, onde essa condição passa impreterivelmente por tomada de medidas abrangentes.

Ora, o combate à atual pandemia que grassa no mundo e a prevenção de situação futura similar é de elementar importância. Tem sido inúmeras as medidas tomadas pela nova administração Americana. Desde logo:

  • De proteção às minorias: ao emprego; à saúde; aos imigrantes.
  • De combate ao racismo; à xenofobia; à pobreza.
  • De defesa da Democracia.
  • Da estabilidade económica e social;
  • Mas também, política, com impactos interno e externo de dimensão e consequências nos cenários da geoestratégia social; económica; política; militar; entre outras com dimensão global e, cujos efeitos, sentiremos a curto, médio, e longo prazo.

Joe Biden mostra assim ao mundo que, para se ser líder, basta ser-se justo e, sério!


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -