Poema inédito de Alice Coelho
Sopro de sal
Salga-me a pele crestada
Com o sêmen dos beijos
Molhados na madrugada
No fogo dos teus desejos
E na mentira do teu olhar
No silêncio do teu querer
Na tua boca um despertar
Em teu peito o amanhecer
Se a saudade é o veneno
Que nos mata sem querer
Neste Mundo tão pequeno
Devagar eu aprendo a viver
Sopra-me um vento salgado
Vento suave duma mudança
Entre nossas bocas fatigado
E nossos corpos numa dança
Sopro de vento aragem de sal
Tempestade solta e vendaval
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