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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Por Gaza: vamos reforçar as campanhas BDS para responsabilizar Israel

Comité Nacional Palestiniano do BDS (BNC)

Recebemos e seguinte comunicado, publicamos pela importância que nos merece este tema.

 

As forças militares israelitas bombardearam Gaza, por mais de onze noites consecutivas, aterrorizando os seus dois milhões de habitantes palestinianos

Palestina Ocupada, 23 de Agosto de 2020 – Em resposta ao contínuo bombardeamento do apartheid de Israel contra a Faixa de Gaza ocupada e sitiada, o Comité Nacional Palestiniano do BDS (BNC) reitera os apelos da sociedade civil palestiniana para sanções direccionadas e legais contra Israel, em particular um embargo militar urgente e alargado, e uma intensificação dos boicotes e campanhas de desinvestimento para acabar com os seus crimes.

Durante mais de onze noites consecutivas, as forças militares israelitas bombardearam Gaza, aterrorizando os seus dois milhões de habitantes palestinianianos, que vivem na maior prisão a céu aberto do mundo, devido ao cerco de Israel desde há 13 anos. Desta vez, a desculpa de Israel são os balões incendiários lançados desde Gaza, causando incêndios em terras agrícolas nos colonatos israelitas perto das cercas militares que circundam Gaza.

A grande maioria dos residentes de Gaza são descendentes dos mais de 750.000 refugiados palestinianos que sofreram a limpeza étnica praticada pelas milícias sionistas e depois pelo exército israelita – durante a Nakba de 1948.

Os ataques israelitas danificaram residências e infraestruturas civis, incluindo uma escola primária no campo de refugiados de Shati administrado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA), bombardeado na madrugada de 13 de agosto. A UNRWA contestou a alegação de Israel de que o ataque foi resultado de um “acidente”, dado que todas as coordenadas actualizadas das instalações da ONU são fornecidas às autoridades da ocupação israelita.

A queda do míssil israelita na escola poucas horas antes da abertura evitou um massacre de crianças e professores, um facto que causou pânico e medo generalizados entre as crianças refugiadas.

Esta nova onda de bombardeamentos israelitas em Gaza coincide com o sexto aniversário do massacre de mais de 2.250 palestinianos, incluindo 551 crianças, cometido por Israel em 2014 durante um ataque militar prolongado. Uma declaração assinada na época por mais de 140 estudiosos do direito internacional e do direito penal, defensores dos direitos humanos, especialistas jurídicos e outros dizia: “A maioria dos recentes bombardeamentos em Gaza carece de uma justificação militar aceitável e, em vez disso, parecem ter sido concebidos para aterrorizar a população civil. ”

Uma investigação da ONU de 2019 sobre os ataques de Israel a manifestantes palestinianos desarmados que participaram na Grande Marcha do Retorno, lançada a 30 de março de 2018, indica que havia “motivos razoáveis ​​para acreditar que os franco-atiradores israelitas alvejavam jornalistas, profissionais da saúde, crianças e pessoas com deficiência, sabendo que eram claramente reconhecíveis como tais. ” O relatório da ONU concluiu que, “Essas graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário podem constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.

Estes crimes israelitas repetidos contra uma população civil captiva que não tem para onde escapar só continuam impunes devido à cumplicidade dos governos ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, Reino Unido e UE, e do conluio de alguns regimes árabes despóticos.

Qualquer tentativa de “normalizar” as relações ou de justificar “business as usual” com Israel sustenta o apoio material ao seu contínuo apartheid e massacres contra o povo palestiniano.

As empresas militares israelitas, incluindo a Elbit Systems e a Israeli Aerospace Industries, testam as suas armas na população palestiniana para depois exibi-las como “testadas em combate” no mundo inteiro. Os produtores internacionais de armas e alta tecnologia colhem os seus próprios lucros, fornecendo armas e munições a Israel para os seus ataques ao povo palestiniano.

O apartheid israelita reforçou o seu bloqueio sufocante de 2 milhões de palestinianos na Faixa de Gaza nos últimos dias, proibindo completamente a pesca nas suas costas e impedindo a entrada de mercadorias e combustível desde 10 de agosto, causando uma paragem completa da única central eléctrica da sobrepovoada Faixa. Isto pode levar a uma verdadeira catástrofe humanitária, incluindo a interrupção do sistema de saúde num momento de pandemia global, transporte e outros serviços vitais que sofreram desde 2007 uma crise eléctrica sufocante e outras carências de produtos básicos devido ao cerco israelita.

As Nações Unidas previram há tempos que seria “impossível de se viver” em Gaza em 2020. Mesmo assim, Israel continua o seu cerco brutal e os seus ataques militares, a sua limpeza étnica implacável e gradual do Naqab (Negev) e da Cisjordânia, especialmente em Jerusalém Oriental e nos seus arredores e Vale do Jordão, sem consequências. A ONU e os governos mundiais falharam em responsabilizar o regime de ocupação de Israel, o colonialismo dos colonatos e o apartheid, impondo-lhe sanções específicas.

Para parar o apartheid israelita e os seus crimes de guerra e contra a humanidade em curso e para apoiar a luta palestiniana pela liberdade, justiça e igualdade, apelamos às pessoas de consciência em todo o mundo para que:

  1. Pressionem os governos e parlamentos para cumprir as suas obrigações legais internacionais, impondo um embargo militar global a Israel, conforme solicitado pela sociedade civil palestina e por Amnistia Internacional.
  2. Intensifiquem o boicote académico e cultural a Israel e às suas instituições cúmplices, especialmente à luz dos contínuos ataques devastadores contra instituições educacionais e culturais palestinianas em Gaza, Jerusalém e noutros lugares.
  3. Ampliem o envolvimento em campanhas de boicote e desinvestimento visando corporações que permitem crimes israelitas contra palestinianos, particularmente as que constam na base de dados e as numerosas empresas cúmplices que ainda não foram incluídas.

 


Fonte: For Gaza: let’s escalate BDS campaigns to hold Israel accountable

Tradução: GAP – Por Gaza: vamos escalar as campanhas BDS para responsabilizar Israel
 


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