Na região Oeste, constituída por 12 concelhos que por sua vez formam a Comunidade Intermunicipal, o PS obteve o maior número de Câmaras, seis, contra quatro do PSD, uma da CDU e outra de independentes.Em Torres Vedras o PS voltou a vencer com maioria absoluta e elegeu Carlos Bernardes, pela primeira vez eleito mas que já ocupava o cargo após a saída de Carlos Miguel para o Governo. Manteve os seis eleitos na Câmara. Apesar de a percentagem ter baixado de 54,6% para 51,06% relativamente a 2013, o número total de votos aumentou de 18.457 para 18.560.
A diferença de pontos percentuais do PS acontece porque a coligação PSD/CDS “Juntos somos mais fortes” teve uma forte subida. Em 2013 os dois partidos concorreram separados, fragmentando o eleitorado. Mas mesmo somando os resultados de ambos em 2013, a subida é assinalável este ano, com 31,3% dos votos (11.382 votantes). Há quatro anos o PSD teve 6.707 e o CDS 1.541, o que dá 8.248. Ou seja, os dois partidos coligados tiveram agora mais 3.134 votos, valendo-lhes a eleição de um terceiro vereador.
Esse vereador foi resgatado à CDU, que perdeu o único que tinha no executivo. A coligação PCP/PEV foi a candidatura que mais perdeu nestas eleições. Baixou de 2.914 para 2.450 votantes. A CDU também perdeu a União de Freguesias de Carvoeira e Carmões para o PS por apenas três votos.
Realce ainda para o Bloco de Esquerda, que quase duplicou a votação relativamente a 2013: de 670 (1,97%) passou para 1.149 (3,16%) votos. Para a Assembleia Municipal conseguiu finalmente o objectivo de eleger um deputado, que terá sido conquistado à CDU, que passou de três para dois. A lista de independentes “Torres nas Linhas” manteve o seu eleitorado e o único eleito na Assembleia.
Poucas mudanças nas autarquias na região Oeste
No resto da região houve duas mudanças. No Bombarral o PS conquistou a Câmara ao PSD, que desta vez concorreu coligado com o CDS-PP. Em 2013 o PSD venceu com 40,58% dos votos. Agora em 2017 ganhou Ricardo Fernandes, do PS, com maioria absoluta (48,94%), elegendo quatro elementos, contra três da coligação PSD/CDS. Neste concelho a CDU perdeu o seu único vereador.
Em Peniche as coisas também não correram bem para a CDU, que caiu para o quarto lugar e só elegeu um vereador. Em 2013 teve 4.535 votos e agora apenas 1.898, atrás do PS (1) e do PSD (2). Há duas explicações para este resultado: o facto de António José Correia já não se poder candidatar e a vitória de uma lista independente ser encabeçada por um dissidente comunista, Henrique Antunes.
O único concelho da CDU no Oeste é agora Sobral de Monte Agraço, o mais pequeno de todos, onde José Alberto Quintino foi reeleito por maioria absoluta com números muito parecidos aos de há quatro anos.
Nos outros municípios, em Alenquer foi reeleito Pedro Folgado (PS) com maioria absoluta e subindo ligeiramente a votação. Na Arruda dos Vinhos André Rijo (PS) voltou a ganhar quase duplicando a votação, passando de 47,84% em 2013 para 71,32%. Na Lourinhã João Duarte (PS) manteve igualmente a maioria. Na Nazaré o PS subiu bastante face a 2013, de 36,59% para 56,61%, e elegeu Walter Chicharro presidente da Câmara.
Do lado do PSD, foram reeleitos, José Bernardo no Cadaval, Paulo Inácio em Alcobaça, Fernando Tinta Ferreira nas Caldas da Rainha e Humberto Marques em Óbidos.
Em todos os casos o PSD ganhou com maioria absoluta e com subidas na votação relativamente a 2013. No Cadaval subiu e ganhou um vereador ao PS. Em Alcobaça a CDU perdeu o seu único vereador e o PSD conquistou o quarto eleito e ficou com a maioria absoluta que não tinha em 2013. Nas Caldas da Rainha o PSD alcançou o quinto eleito no executivo, contra dois do PS, e a vítima neste caso foi o CDS, que perdeu o seu único vereador. Em Óbidos tudo igual a 2013.