Os cidadãos de sete de 15 países inquiridos num estudo de opinião internacional preferem regressar às antigas moedas dos respectivos países a permanecer no Euro. Se a opinião dos britânicos e dos suecos seria previsível, dado não estarem na chamada zona Euro, já os resultados de Itália, Grécia e Holanda podem ser considerados surpreendentes. Portugal não consta da lista de países analisados neste estudo.
A pesquisa, realizada pela consultora Gallup International, em Novembro e Dezembro passado, a quase 15 mil europeus, revela que 47 por cento dos italianos defendem o regresso à lira, face a 45 por cento que preferem permanecer no Euro. Os gregos são outro dos povos que quer voltar à moeda nacional, com 44 por cento a defender o regresso ao dracma e 43 por cento a preferir ficar no Euro.
Estes números disparam para valores muito mais significativos quando abordamos países fora da zona Euro, como o Reino Unido, com 83 por cento a defender a libra e apenas 6 por cento a preferir o Euro, ou a Suécia, com 80 por cento do lado da coroa e apenas 12 por cento a aventurar-se na moeda única europeia.
Alemanha e Holanda muito divididas
Reino Unido, Suécia, Bulgária, Itália, Grécia, Dinamarca e Roménia são os países que preferem claramente as suas moedas nacionais ao Euro, mas, mesmo entre os adeptos fervorosos da moeda única, os números lançam dúvidas sobre a divisa europeia.
Na Alemanha, pilar da zona Euro, 38 por cento dos inquiridos revelou querer voltar ao marco, enquanto na Holanda, 41 por cento disse preferir o regresso ao florim.
Contabilizando os totais dos 15 países analisados pela sondagem da Gallup, 47 por cento prefere as moedas nacionais, contra 41 por cento que é defensor do Euro. Cerca de 12 por cento são indecisos.
As dúvidas acerca do Euro parecem acentuar-se em países que atravessam dificuldades financeiras, mas, à medida que o debate sobre a moeda única se vai generalizando, as vozes contra a divisa europeia parecem levantar-se até nos bastiões da Eurozona.
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