Atacá-los militarmente no seu território parece ser uma inevitabilidade mas é insuficiente por duas razões:
- é fazer o que o ISIS pretende: vítimas entre a população o que alimenta o ódio aos cristãos e aos europeus;
- é atacar os sintomas e ignorar as causas.
Este radicalismo tem tido uma grande capacidade de atracção nas camadas jovens.
Basta atentar no número de jovens europeus que engrossam as fileiras do terrorismo. Não só descendentes de emigrantes muçulmanos nascidos e educados na Europa. Não só os desempregados, não só os de menos instrução, não só os muçulmanos.
Perceber o que se passa é condição sine qua non para desenhar políticas e desencadear acções eficazes.
A guetização dos emigrantes, que no passado procuraram a Europa, ávida de mão de obra barata para alimentar o domínio da economia sobre a política é certamente um terreno propício à expansão deste radicalismo.
Estes emigrantes na França e Bélgica vivem guetizados, estabelecem a sua própria lei, não aceitam a entrada das autoridades no seu “território” e, pouco a pouco, inculcam nos habitantes locais o sentimento de serem estrangeiros na sua terra.
São exemplos, a exigência de mulheres muçulmanas que exigem ser vistas por médicas; que se querem passear de burka; que na piscina se recusam a vestir o fato de banho. Se é isto que querem devem regressar aos seus países. Capitular aqui é o início da capitulação total.
A guetização destes emigrantes é o resultado da ausência de políticas de integração que passam necessariamente pela aprendizagem da língua e cultura do país que os acolhe e pelo acesso ao mercado de trabalho que não só o da mão de obra barata e de empregos pouco qualificados.
O controlo da expansão de mesquitas e madraças, incitadoras do radicalismo, não deve ser confundido com intolerância religiosa. Na Europa dos Valores deve haver espaço para cada um professar a sua religião, na esfera da sua intimidade e nos espaços a ela dedicados. Mas não deve haver espaço a centros de formação e fomento do terrorismo sob a capa da religião.
A preservação dos Valores Europeus e da Liberdade, que tanto custaram a alcançar, exigem que se seja intolerante para com a intolerância e que se defenda o nosso espaço contra falsos valores e falsas liberdades.
A União Europeia não está disposta a permitir que o nazismo e os seus valores se implantem na Europa e, da mesma maneira, não deve tolerar a implantação de outras formas de radicalismo.