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João de Sousa

Domingo, Setembro 8, 2024

The bright side of light

Exposição de António Sobral até dia 6 de Julho, em Lisboa, na Incubadora da Universidade de Lisboa.

Iluminações poderia ter sido o nome desta exposição que inaugura o 1.º Dia Internacional da Luz, (que muito me honra). Porque cada uma das obras é uma iluminação construída desde as profundezas da pedra, “do intimo da pedra”, como o poema de Pedro Tamén.

A iluminação, na arte como na ciência, constitui o motivo para atingir a verdade. Mas enquanto a racionalidade cientifica procura a verdade sem erro, no acto artístico verifica-se precisamente o contrário. Para dizer a verdade é, por vezes, necessário provocar o erro. É que o erro por necessidade é diferente do erro por ignorância.

Tira-me a luz dos olhos – continuarei a ver-te. Tapa-me os ouvidos – continuarei a ouvir-te. E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti Mesmo sem boca, posso chamar por ti.

E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira,
Continuarei a trazer-te no meu sangue…

(Rainer Maria Rilke)

 

Ser artista significa não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante a tempestade da primavera, sem o temor de que o verão possa não vir depois. O artista sabe que a aurora se encontra a si própria, independente dos intelectos vesperais.

Então, amigos, como diria Rimbaud: “embrassez l’aube d’été”. Disfrutem The bright side of light

 

Sobre o autor

António Sobral (1963) fez a instrução primária em Freixo de Numão (Alto Douro), o ensino secundário no Colégio de Lamego e o 12º ano no Porto.
Em 1986, já ISCSP, conclui a licenciatura em Relações Internacionais.

Tem a parte curricular do Doutoramento em Antropologia Social y Politica pela UNED de Madrid.

Além da experiência em Comunicação social, leccionou vários anos no Ensino Superior, no Porto e em Lisboa, a disciplina de Introdução ao Pensamento contemporâneo.

Desde 2005 é o Assessor de Imprensa da Universidade de Lisboa.

O vivo, e vivido, interesse pela Literatura, Filosofia e Fotografia tem sido uma presença indissociável do seu viver, onde a viagem se encontra sempre presente.

Aqui e ali, na paisagem do humano, começa a registar a memória das coisas através do traço pincelado ou não, numa procura de caminhos. Dizem que começou a pintar à espera das horas…

E as fotografias e os desenhos começaram a aparecer sem destino imediato mas apaixonadamente.

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