O presidente da Junta de Freguesia local, Francisco Martins, destacou o facto de a nova biblioteca ter passado para o centro histórico da cidade, local que “precisa de ser rejuvenescido”.
O presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, fez um discurso no mesmo registo, ao referir que a biblioteca irá ajudar a revitalizar o centro histórico. Não apenas agora, em instalações de transição, mas também na futura e definitiva biblioteca municipal, prevista para o estacionamento do Parque de Santiago.
Carlos Miguel, ex-presidente da Câmara e actual secretário de Estado das Autarquias, destacou a manutenção da fachada do edifício, embora o interior tenha sido transformado. Na sua intervenção, referiu-se igualmente à importância de revitalizar o centro histórico, com a ajuda da biblioteca, que recebe cerca de cinco mil utentes por mês.
O ministro Eduardo Cabrita lembrou a sua vinda a Torres Vedras enquanto secretário de Estado de um anterior Governo para inaugurar a sede da então Junta de Freguesia de São Pedro e Santiago. Elogiou a aposta da Câmara torriense na cultura, que é a tradução do papel do poder local desde há 40 anos.
“Antes do 25 de Abril de 1974 havia em Portugal 30 por cento de analfabetismo, mas hoje o país está muito diferente, graças aos cerca de 500 mil portugueses que exerceram funções como autarcas nos últimos 40 anos”, destacou o ministro.
A Biblioteca Municipal de Torres Vedras é dirigida por Goreti Cascalheira, que ajudou a descerrar a placa comemorativa e guiou a visita ao interior do edifício. Foi fundada há 85 anos por Rafael Salinas Calado a partir do espólio de José Eduardo César e Júlio Vieira. Hoje tem um acervo de 73.392 títulos e recebe cerca de 58 mil utilizadores por ano. Dispõe ainda de um serviço educativo com 22 tipologias diferentes para 5.500 utentes.