O governante que falava durante um culto da Igreja Evangélica Baptista de Angola (IEBA), afirmou que chegou o momento de mudar o rumo dos acontecimentos.
“Governamos ao longo dos 40 anos para o povo, então chegou o momento de começar a governar com o povo, com o povo discutir os problemas, com o povo traçar estratégias, com o povo trabalhar nas soluções dos problemas das comunidades. Já acabou o tempo do governante trabalhar sempre sozinho e o povo sentado, à espera que tudo quem faz é o governo, não, os problemas do povo, os problemas da comunidade devem ser resolvidos por todos nós”.
Alberto Ngongo, reconheceu que o seu partido, no poder desde que Angola conquistou a independência, cometeu vários erros e pediu perdão pelos mesmos. Perante centenas de fiéis que assistiam o culto religioso, Ngongo, acusou o colono português de deixar o país em pior estado, se comparado com o estado actual.
“Nesta conformidade gostaria de pedir a população do Lobito aqui representada pelos irmãos da IEBA, a perdoarem todos os nossos erros cometidos ao longo destes 40 anos, se falhámos, é próprio do ser humano. Mas ungimos com um dever, o legado que o presidente Neto nos deixou, que é ultrapassar todas as barreiras do obscurantismo que o colono nos deixou. O colono deixou-nos muitas mazelas, o colono deixou-nos sem quadros, o colono deixou-nos com 80% deste território sem luz e sem água, o colono deixou quase 70% deste território sem escolas, sem postos médicos. E nós, sob o legado de Agostinho Neto, que o mais importante é resolver os problemas do povo, há 40 anos arregaçámos as mangas e estamos a trabalhar para melhorar a qualidade de vida do povo angolano”.
No mesmo discurso, o administrador do Lobito, disse que a sua presença na referida igreja, bem como as palavras proferidas por si, devem-se a uma orientação do chefe do executivo, José Eduardo dos Santos.
O autor escreve em PT Angola