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João de Sousa

Quinta-feira, Julho 3, 2025

Bálsamo

Delmar Gonçalves, de Moçambique
Delmar Gonçalves, de Moçambique
De Quelimane, República de Moçambique. Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD) e Coordenador Literário da Editorial Minerva. Venceu o Prémio de Literatura Juvenil Ferreira de Castro em 1987; o Galardão África Today em 2006; e o Prémio Lusofonia 2017.

Poemas de Delmar Maia Gonçalves

“Bálsamo”

Quando
todas as portas
se fecham
Quando
todos os caminhos
se encurtam
Só nos resta
a solidão plural
do berço umbilical
como bálsamo
revigorante.

 

“Arco-Íris Humano”

Com tenra idade
já me apercebera
da beleza do mundo colorido.

Tentaram vendar-me os olhos
para só ver a preto e branco.
Antecipadamente decidi fechar os olhos e viajar…

Na viagem descobri
a beleza do arco-íris.
Afinal o mundo
não é só a preto e branco!

 

“Corvos de mau-agoiro”

Corvos
de mau-agoiro
pululam
por solos impolutos
onde reinam Abutres
e Hienas!

 

“Maioridade”

Quando
atingir a maioridade
vou rir-me
do mundo!

 

XIV

A Hiena
preguiçosa
contagia a floresta.

 

LI

E as pedras serenas
mas inquietas
observam o ruir da ilusão falaciosa.

 

XLIV

Diz-me, ó rei Hipópotamo,
quantas noites durará o fantasma
do terror neste éden?

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