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Sexta-feira, Abril 19, 2024

Cai mais um ministro do interino Temer

O ministro do Turismo de Dilma e de Temer, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Henrique Eduardo Alves informou, esta quinta-feira (16) o presidente interino, Michel Temer, de que vai deixar o cargo. No telefonema, o ministro terá dito que a carta de demissão formalizando o pedido, seria enviada ainda hoje.

Segundo informação que o Folhapress terá confirmado, Henrique Eduardo Alves, justificou “não querer criar constrangimentos” ao presidente interino. O Palácio do Planalto já confirmou que Alves deixou o governo.

De acordo com a mesma fonte, “no início deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ministro actuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS. Alves foi citado na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e teria recebido propina de R$ 1,55 milhões entre 2008 e 2014.

Na semana passada, Alves já havia sido aconselhado por aliados de Temer a deixar o posto para evitar o aumento do desgaste na imagem do governo interino.”

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Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo

Terceira baixa no primeiro escalão da gestão PMDB, Henrique Alves é, assim, o terceiro ministro do governo interino de Michel Temer a sair do cargo. Romero Jucá demitiu-se do Planeamento e Fabiano Silveira pediu demissão da Transparência. Ambos citados em gravações de Sérgio Machado.

“Na manifestação à Suprema Corte, Janot afirmou que parte do dinheiro do esquema desbaratado pela Operação Lava Jato teria abastecido a campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, quando ele acabou derrotado.”, escreve o Folhapress.

E acrescenta “A negociação envolveria o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. As afirmações da Procuradoria constam do pedido de abertura de inquérito para investigar os três, enviado no fim de Abril ao Supremo, mas até hoje mantido sob sigilo.

No despacho obtido pela Folha, Janot aponta que Cunha e Alves actuaram para beneficiar empreiteiras no Congresso, recebendo doações em contrapartida.”

“Houve, inclusive, actuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contra-prestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”, escreveu Janot.

Informação adicional, escrita no jornal Estadão, relata “sobre a citação na delação de Machado, o agora ex-ministro afirmou que todas as doações para as campanhas dele foram oficiais. Disse, ainda, que as prestações de contas foram aprovadas e estão disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral.”

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