A minha amiga Raquel, cujos papás são desmesuradamente ricos, e jura dar-me três anos de propinas para dormir comigo uma noite inteirinha, veio jantar cá a casa.
Antes do repasto disse ao meu avô que ia exibir para ele a dança do avacalho, criação de um veterano e sábio escritor angolano (Salas Neto) e que tinha aprendido no fcbk.
Aos poucos íamos abanando a cabeça e fazendo outros gestos de incredulidade.
Quase matou o meu avô de comoção e eu também escapei por pouco.
A dança do avacalho faz com que um gajo precise de descomprimir um pouco no fim.
O meu avô foi fazer História para a casa de banho.
Eu aguentei umas horas, embora sempre na ânsia de trocar de fluídos com ela como quem troca de ideias, até que a levei a uma pensão, lá, onde bons os impulsos humanos são basicamente satisfeitos.
Coisa rápida.
Conhecem aquela canção universitária que diz que o amor de estudante não dura mais do que uma hora…? E pode lutar-se contra isso?
Portanto, cuidado com as consequências emocionais da dança do avacalho, que, aliás, tem bom aspecto.