Diário
Director

Independente
João de Sousa

Quinta-feira, Março 28, 2024

Na passagem do tempo

Poema de António Bondoso

Na passagem do tempo

Para além dos sonhos e desejos
Há uma estrada que persegue o infinito.
É ali que circulam
Solidárias
As mentes inquietas e que sofrem
Renovadas de um permanente cansaço
Sentido profundamente a cada passo.

É no dobrar do tempo,
Na passagem dos dias de esperança
Quando sobe o desespero e o desalento
E se firma a vontade de sorrir,
Que o caminho se aproxima do final
Brilhando então no infinito
Todas as estrelas do Natal.

E para lá chegar
Ao infinito
Em veloz corrida mais que um grito
ALGUÉM muda certinho o calendário
Deixando ficar contos de vida em seu remanso
Memória encantada do passado
Prospecto de um futuro irrequieto.

Ao dobrar o tempo soma-se a vida
E não se regressa a lado algum.
Apenas a memória é iludida
Com as notas de triunfo e felicidade
Alcançadas no tempo de passagem
De um ano que ficou já em saudade
De um novo que se espera* muito próspero.


*(De um novo que se espera…
…talvez pior!) = original em O Poder e o Poema, 2012. Pgs 88,89. Ed. Esgotadas.


Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

Artigo anterior
Próximo artigo
- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Exit Costa

E agora Marcelo?

Governo Sombra?

A Lava Jato e seu epitáfio

Mais lidos

Exit Costa

E agora Marcelo?

Mentores espirituais

Auto-retrato, Pablo Picasso

- Publicidade -