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Sexta-feira, Abril 19, 2024

OE EUA: Obama aposta na ciber-segurança, combate ao cancro, energias limpas e educação

obama

O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou esta semana o seu último orçamento de Estado (para 2017), enquanto chefe de Estado daquela nação

O gabinete de Imprensa da Casa Branca divulgou não só o orçamento completo, com os respectivos anexos e tabelas, como a mensagem do presidente ao Congresso (que irá votar o documento) a propósito do orçamento.

Entre os destaques deste orçamento, Obama propõe um investimento de 19 biliões de dólares na ciber-segurança (mais de 35% em relação ao ano anterior), e sugere mesmo a criação de um Plano Nacional de Acção de Ciber-segurança, que se traduza numa estratégia de longo prazo com acções concretas para dar ao governo federal, ao sector privado e aos cidadãos um melhor controlo da segurança informática e digital.

Esta proposta de Obama inclui uma Comissão de Melhoramento da Ciber-segurança que reúna especialistas de topo, estrategas e técnicos não ligados à Casa Branca que sugiram e implementem melhorias neste campo. Inclui ainda uma modernização e reforma extensivas das tecnologias de informação por toda a estrutura governativa e encoraja os cidadãos a utilizar ferramentas de segurança e a exigir de vários sites e empresas online que reforcem a segurança dos seus dados em contas pela internet e transacções financeiras.

O segundo destaque é a ambição de criar um Sistema de Transportes Limpos para o século XXI, financiado por uma taxa nova aplicada às indústrias petrolíferas. O plano pretende dar um novo impulso aos transportes movidos a energias limpas (o aumento ambicionado é de 50%) e reformar os investimentos já feitos até agora para reduzir a poluição atmosférica. Este item aposta também na redução do consumo de petróleo e da criação de novos postos de trabalho na indústria das energias limpas. Obama propõe neste orçamento duplicar os fundos para a energia amiga do ambiente, de 6,4 biliões de dólares em 2016 para 12,8 biliões em 2021.

O destaque seguinte fala de uma task-force contra o cancro, equipa federal de várias pessoas responsáveis por vários órgãos federais e estatais, cuja missão é dar um impulso decisivo no combate à doença. Os fundos destinados a esta luta, da ordem do bilião de dólares, estarão distribuídos em três frentes principais: novas actividades nos Institutos Nacionais de Saúde do país; financiamento de nova investigação relacionada com o cancro; e investimento vindo dos Departamentos de Defesa e dos Veterans Affairs (Assuntos dos Veteranos).

Segue-se o projecto de Obama de tornar gratuito o período de frequência de dois anos da chamada Community College, uma espécie de ensino superior pré-universitário existente nos EUA. Sendo que o liceu (highschool) já é gratuito e universal, Obama quer que este tipo de ensino siga o mesmo caminho; para isso, proporá a criação de uma “taxa de parceria” para encorajar empresas e empresários a financiar este tipo de ensino. Os destinatários seriam estudantes com poucos recursos e boas notas, que completem o ensino obrigatório sem perder nenhum ano. Assim, cada um destes estudantes beneficiados pouparia em gastos com o ensino quase 4 mil dólares por ano.

O presidente dos EUA quer ainda estender a todos as ciências informáticas, pelo que neste orçamento de Estado propõe-se financiar em 4 biliões de euros (para os estados) e 100 milhões (para os professores e formadores dos vários distritos) por forma a que toda a população escolar possa aprender “computer science” (ciência computacional, em tradução livre). Obama apela ainda, a CEO’s,  filantropos, media criativos e profissionais da tecnologia a envolverem-se no projecto.

Ainda no campo da educação, Obama dedica um capítulo do orçamento aos que escolhem outro tipo de formação depois do secundário – que não o universitário. O presidente pede 2 biliões de dólares adicionais para o programa federal , um sistema de bolsas de estudo cujas metas para 2017 incluem encorajar os estudantes a inscreverem-se em mais disciplinas ou cadeiras por semestre e a irem às aulas todo o ano.

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