Bernie Sanders, candidato democrata à Casa Branca, falou sobre a necessidade de endurecer a luta contra o Daesh, depois de ter ganho nas primárias deste fim-de-semana. O senador do Vermont ganhou nos estados de Alaska, Washington e Havai, reduzindo assim a diferença em relação a Hillary Clinton que, apesar disso, continua na frente para ser a nomeada do Partido Democrata para as eleições presidenciais de Novembro.
Em entrevista à CNN, Sanders defende que os EUA têm de apertar a vigilância para travar atentados como os de Bruxelas, acrescentando: “nós sabemos quem é o Daesh”. Numa alusão aos atentados em solo belga, que fizeram 30 vítimas mortais, Sanders afirmou que é necessário “aumentar os esforços para ter a certeza que não vai acontecer de novo”, defendendo mais colaboração entre os serviços secretos dos vários países.
O senador do Vermont elogiou ainda o presidente Barack Obama pela forma como conduz a luta contra a organização terrorista, a qual “está na defensiva e a recuar”, defendeu.
A propósito da sua campanha, e das vitórias obtidas no passado Sábado em três estados nas primárias democratas, Sanders acredita que “ganhámos os últimos cinco de seis desafios, todos eles em vitórias indiscutíveis”, numa referência à vitória em Utah e Idaho a semana passada. Sanders diz que está a derrotar Donald Trump por maiores margens do que Hillary Clinton, e que “muitos destes super-delegados poderão repensar a sua postura perante a Secretária de Estado Clinton”. “Muitos deles ainda não declararam quem vão apoiar”, acrescentou.
Sanders continuou nas críticas a Clinton no programa da CNN “State of The Union” (“Estado da União”): não aprovou a presença da ex-primeira-dama num evento de angariação de fundos que terá como anfitriões George e Amal Clooney e onde os convidados terão de pagar 353 mil dólares (por casal) para se sentarem na mesa principal.
“O problema não é Clooney, são as pessoas que vão a esse evento”, disse Sanders, que confessou gostar do actor e que sublinhou que “o problema da política americana é que o dinheiro está a dominar o sistema político”. Voltando a esclarecer que não está a criticar o actor, diz que aponta as suas críticas “a um sistema corrupto de financiamento das campanhas, onde os interesses do grande capital financeiro – e não é Clooney, são as pessoas que vão a esse evento – tem uma influência negativa no processo político”.