Poema inédito de Alice Coelho

A noite
A noite é a companheira
Na estrada empoeirada
Traz sorriso de matreira
Olhar de menina vidrada
A cada estrela te procuro
Num imenso céu inquieto
O azul a que me aventuro
Deixado em luar indiscreto
A noite é a espera ausente
Do sonho a bordar manhãs
Num escuro negro presente
Corpo com sabor de avelãs
A noite é tão fiel e desordeira
Como desonesta companheira
