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Segunda-feira, Dezembro 15, 2025
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Nome do autor

Vitor Burity da Silva

Professor Doutor Catedrático, Ph.D em Filosofia das Ciências Políticas Pós-Doutorado em Filosofia, Sociologia e Literatura (UR) Pós-Doutorado em Ciências da Educação e Psicologia (PT) Investigador - Universidade de Évora Membro associação portuguesa de Filosofia Membro da associação portuguesa de Escritores
183 Artigos
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Como que se me apetecesse inventar

Fui cásparo, indígena. Fui fim do mundo e mais, rato nas formigueiras a beber o salitre seco dos silêncios, dormi no chão dos infinitos...

E via navios. Mas onde os navios?

Nasci num recôndito silêncio bem longe do mar. havia frio e catadupas de estirpes como osgas e as paredes eram um quarto para mil,...

Antes de nascer

Antes de nascer tinha feito um pedido profundo e sentido não sei bem a quem, mas falei sozinho, alto, talvez alguém me ouvisse. Queria...

Ser um género de nada faz de contas

Sapatos rasos como significado. Que importa ser ou não sombra da tarde? Um velho descalço desce devagar o tempo, vence o quotidiano e sente-se...

Adeus céu azul

Já nem sapiências coloridas e escritas em cardápios dos sábios idos, aqueles, que sabemos, apenas lamuriam o sonho do desejo e desconhecem a saúde...

“o meu menino já sabe escrever!”

Talvez um refrigério, uma amálgama de castigo este lugar de sentado na cama da fome, o Lúcio escreve sozinho gatafunhos para soletrar na cozinha...

Porquê então bajular a dor?

(crónica para maus feitios) Efeitos colaterais como o eco dos silêncios. Tanto arrulhar logo pela manhã como grunhos no quintal dos astecas secos naquele deserto...

“vá, cama meninos, está na hora!”

... e um beijo como sempre acontecia quando nos mandavas ir para a cama dormir e eu repleto da minha tão calma traquinice... Ainda ontem...

Se pudesse escreveria sobre ti em Paris

Escreveriam as minhas saudades por não encontrar ali também como o rio gelado ao fundo da fileira de cadeiras vazias deste bar fantasma (...) Sobre...

Passeio matinal

Apetecia-me ver discorrerem as longas ruas da manhã, acordei com vontade de inventar para mim um silêncio que me encaminhasse a um destino inventado. Sentei-me...

Talvez as almas entendam

“daqui a cinco minutos vamos embora” Ainda a sala na mesma onde vozes antigas nos quadros espalhados pelas paredes vivem como se os morcegos...

Algo longe é tempo

Havia sempre à porta da nossa casa uma sentinela de espada e foice que martelava como pica miolos o suave cheiro que a órbita...

Porquê dormir tanto?

Dormir cansa e desfalece! A vida fustiga e a gente sente a cada passo o cheiro vernáculo da existência. Precisamos do breu e do amanhecer...

Sobre As Águas Da Vida O Silêncio Dói

Ao António Lobo Antunes.Aos combatentes da guerra colonial, tão inocentes quanto eu. I Não há pressa para nada e de tempos em tempos o silêncio é necessário....

Bebi da sua arte

Deitei-me ontem aqui à beira de um rio baldio sonhando já. Desvendei nele a coragem de viagens infinitas, o percurso sinuoso das suas artes...

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