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João de Sousa

Sexta-feira, Abril 26, 2024

Afago(te)

Poema inédito de Alice Coelho

Afago(te)

Afogo-me no tempo ido
Na ausência das vidraças
Num pensamento sofrido
Na minha pele entornada
Numa viagem de sonhos
Tão alegres e tristonhos
Afogo-me no tempo ido
Grãos de areia nos dedos
Dum passado esquecido
No penhasco dos penedos
Afogo-me no tempo ido
Em ondas leves como pluma
No colo da tua branca espuma
Veneno de uma seta de cupido
Afogo-me
Afago-me
No vermelho de um fim de tarde
Tapada pelo sol atrás da grade
Afago(te)


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