As afirmações de Pedro Corrêa publicadas na edição de hoje do 247 põem em causa a idoneidade de Fernando Henrique Cardoso, aquando da sua reeleição.
O ex-presidente do Brasil, esteve em Portugal, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, para assistir à posse deste.
Diz Pedro Corrêa: “mais de 50 parlamentares receberam propinas num esquema operacionalizado por Sergio Motta e Luis Eduardo Magalhães e pelo actual deputado Pauderney Avelino (DEM-AM)”; afirma ainda que “quem ajudou a bancar a reeleição de Fernando Henrique Cardoso foi o banqueiro Olavo Setúbal, do Itaú, . Segundo Corrêa, “houve uma disputa de pagamento de propina entre Paulo Maluf, que era contra a emenda porque queria se candidatar, e FHC”.
É o que informa a reportagem dos jornalistas Mateus Coutinho, Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo.
Pedro Corrêa acrescenta, “houve ainda uma disputa de pagamento de propina na Câmara entre o ex-prefeito de São Paulo e actual deputado Paulo Maluf (PP-SP), que era contra a aprovação da emenda da reeleição porque queria se candidatar, e Fernando Henrique. Corrêa actuava, na ocasião, do lado de Maluf.”
“Em 28 de Janeiro daquele ano a emenda constitucional da reeleição foi aprovada no plenário da Câmara em primeiro turno por 336 votos a favor, 17 contra e seis abstenções. Procurado pela reportagem, Fernando Henrique Cardoso disse que a reeleição foi uma “questão do Congresso”, escreve o 247.
E acrescenta: “O filho de Olavo Setúbal, Roberto Setúbal, actual presidente do Itaú Unibanco, também se pronunciou”: “Fico profundamente indignado em ver o nome de meu pai tão absurdamente envolvido numa história sem comprovações. Ele era um homem absolutamente ético e tenho convicção de que ele jamais se envolveu em nada parecido com o que, covardemente, o ex-deputado Pedro Corrêa descreveu. Meu pai não participava de qualquer actividade política partidária desde 1986, e não há nenhum indício de que essa história possa ter fundamento”.
Por sua vez, Pauderney Avelino também se pronunciou. “Rechaço com veemência as referências feitas a mim pelo ex-deputado Pedro Corrêa, auto-intitulado corrupto. Não responderei aos bandidos e ladrões do dinheiro público”.
Fonte: 247