Índice
- Ler o Mundo em Português
- Princípios
- Prática Teórica
- Da vida cultural brasileira: Calcularam mal. O tempo está sendo costurado de outra forma
- Materiais
- Um Filme: Língua – Vidas em Português
- Um Museu: O Museu da Língua Portuguesa
- Um Livro: Vidas a Descobrir – Mulheres Cientistas do Mundo Lusófono
- Um Espectáculo: Boa Goa
- Encontros Imaginários: Saiu um novo Livro com os Diálogos desta Iniciativa Única
- Eles Fazem o Futuro
- Pilares, Pontes e Plataformas Para a Língua Portuguesa
- As Escritas do Sul: Fábrica de Projectos para a Língua Portuguesa
- Corsino Tolentino: Almodôvar procura as raízes do seu futuro
- Ana de Hollanda: A lusofonia semeada e colhida por seus praticantes
- António Batel Anjo: Museu de História Natural e as personagens que nele habitam
- Bumba-meu-boi e Tambor de Crioula, do Maranhão para o mundo
- Cromos da Lusofonia
- A Liberdade passou por aqui
- Um Conto
- Mãe dos Setinhos: Que seja bom enquanto durar
- Até Sempre
- Luís Fernando: Sem Eleutério Sanches
Editorial
A partir de hoje os domingos do Tornado vão ser da cultura e do conhecimento. Cultura e conhecimento que esta língua transporta entre os muitos mundos de que faz parte, esse espaço infinito e de múltiplas dimensões que se manifestam, em cada tempo, de acordo com o que o tempo o pede. Um trabalho que desejamos que seja feito a partir da alma dos povos, sem uma base científica, pois cultura não é ciência e o entendimento da alma de um povo sequer se pretende racional, como escreve Luís Jorge Monteverde nas suas notas sobre a história de Portugal.
Temos consciência das dificuldades e dos desafios que este trabalho implica, o primeiro, e possivelmente o mais complicado, é o de sermos capazes de nos descentrar, de dar espaço aos protagonistas e projectos das diferentes culturas e comunidades, fazendo com que estas edições sejam um espaço de experimentação do que poderá ser a comunicação e a reflexão, na Pátria da Língua Portuguesa, no interior da Nova Globalização.
Temos consciência de que há todo um caminho a fazer, que vamos encontrar muitos obstáculos e muito velhos do Restelo a falarem de impossibilidades, mas, tal como aconteceu há 500 anos, vamos ser capazes de reavivar as cumplicidades que, centradas na cultura e no conhecimento, permitiram e criaram condições para esta língua e este modo de estar no mundo tenha a dimensão global que tem hoje. Cumplicidades que têm também que atravessar os tempos de hoje, de criar uma teia fortíssima capaz de ligar protagonistas e projectos dos diferentes países e comunidades, numa estratégia que obrigará a revelar os pilares e as plataformas que, nos diferentes lugares, vão ser capazes de potenciar o lançamento de pontes sobre os mares que a nossa língua está sempre a atravessar.
Boas leituras.
Carlos Fragateiro, Editor do Cadernos Cultura e do Conhecimento