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Nome do autor
Yvette Centeno
Licenciou-se em Filologia Germânica, e e doutorou-se com uma tese sobre A alquimia no Fausto de Goethe. É desde 1983 Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde fundou o Gabinete de Estudos de Simbologia, actualmente integrado no Centro de Estudos do Imaginário Literário.
95 Artigos
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Estilos
Sem dúvida que a questão do estilo e dos estilos é uma que se prende com a marca dos artistas, distinguindo-os dos outros e...
Rosas e mais Rosas
A este óleo de 1961 deu Magritte o título de "Le tombeau des Lutteurs, o túmulo dos Lutadores".
Por aqui se vê como o conceito...
Lendo Sérgio Ninguém, PEDRA II
Poema de Yvette Centeno
Lendo Sérgio Ninguém, PEDRA II
Não é fácil pegar fogo
ao coração da pedra
pequeno seixo polido
por tantas águas antigas
as chamas já apagadas
na cicatriz...
As Pedras de Sérgio Ninguém
ed. Eufeme, 2021
Guillevic, o poeta das rochas imensas da Bretanha, batidas pelo mar, que David Mourão-Ferreira nos trouxe outrora a Lisboa, foi talvez a...
Acordar
Poema de Yvette Centeno
Acordar
Acordar é difícil,
à minha frente
não vejo um tempo novo
fecho os olhos mas é
um gesto fútil
porque não voltarei
já sei a adormecer.
Cumpro então...
Albrecht Duerer
Dele dizia dizia Vasari, em 1568, que a sua mestria espantava o mundo inteiro. Tantos desenhos, tantas gravuras e pinturas, sempre inovando até ao fim...
Ramanujan
Poema de Yvette Centeno
Ramanujan
(uma história de vida)
O que foi para ele
ver o infinito?
O abismo dos números,
o suporte mais secreto
do mais secreto universo
carregado de deusas
que...
Poetas
Poema de Yvette Centeno
Poetas
Gongóricos
os poetas
correm
pela rua fora
tropeçam
pelo caminho
não se sabem
desviar
parecem baratas
tontas
tanta palavra
na boca
tão perdido
o seu destino
palavra puxa
palavra
e na sua boca
cheia
vai-se perdendo
o sentido
havia pedras
outrora
ajudavam a...
Rita Ferro, o Diário III (para acabar)
Rita retoma um tom de esperança. O campo fez-lhe bem, ao descobrir que o silêncio ajuda renovar a sua energia criadora e eu fico...
Rita Ferro, Os pássaros cantam em grego, Diário III
Leio este Diário, o terceiro de uma série que espero seja continuada com a mesma verve, gosto do pormenor e do inusitado, e penso:...
Deméter, o pão da Terra
Poema de Yvette Centeno
Deméter, o pão da Terra
Deméter, a antiga deusa da terra
está furiosa
fechou-se à chave no quarto
onde ninguém pode entrar
quer sua filha de...
Clarividência
Este Auto-Retrato que Magritte pinta em 1936, intitulado A Clarividência, é mais uma vez a expressão formal da sua ideia do que é representação,...
Isabel de Sá, A alegria da dúvida
Ed. Exclamação 2021
Quantas vezes darei comigo a dizer que gosto de livros elegantes, capas atraentes de edição cuidada, bom papel, boa letra...direi mil vezes...
Orfeu
Poema de Yvette Centeno
Orfeu
lendo Miguel Serras Pereira
Cresceu nos campos da infância
tinham no meio um jardim
onde ele ia procurar
fosse de noite ou de dia
as flores...
Miguel Serras Pereira, 40 anos de poesia
Continuo a ter ao meu lado a obra de Miguel Serras Pereira, edição em branco, muito elegante, evocando as mais antigas da Ática, onde...