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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Clinton ataca Trump em discurso perante comunidade judaica

clinton
A pré-candidata democrata às eleições presidenciais norte-americanas, Hillary Clinton, centrou o seu discurso perante a AIPAC (American Israel Public Affairs Committee), esta Segunda-Feira, no ataque ao rival republicano Donald Trump, evitando mencionar o nome do bilionário.

De acordo com o The Guardian, apesar do nome do aspirante à Casa Branca nunca ter sido referido, Clinton não deixou margem para dúvidas ao colocar em causa as capacidades deste de ser Comandante em Chefe, apresentando-o como manipulável de forma perigosa e sem ter convicções firmes.

“Nós precisamos de mãos firmes, não de um presidente que diz que é neutral à Segunda-Feira, pró-Israel na Terça, e quem-sabe-o-quê na Quarta-Feira porque ‘tudo é negociável’”, ironizou Clinton, que rematou convicta: “Meus amigos, a segurança de Israel não é negociável”.

Estas declarações são a resposta às declarações do bilionário e apresentador de reality-shows, que disse ser “uma espécie de tipo neutral” e que gostaria de negociar a paz com os palestinianos, dizendo-se capaz de fazer “o mais difícil acordo de paz no mundo”.

Num sinal de que está segura que vai ser escolhida pelo Partido Democrata para a corrida à Casa Branca, Clinton concentrou as energias no discurso perante o lobby pró-judaico nos ataques a Trump. Falou de ter contactado com israelitas vítimas de ataques de bombas, bem como os relatos dos médicos, e acrescentou que “há coisas que não são negociáveis – e alguém que não percebe isso não tem nada que ser o nosso presidente”, enfatizou.

Clinton criticou ainda o encorajamento a violência nos comícios eleitorais, a “parceria” com grupos de supremacia racial branca, o apelo à extradição de 12 milhões de imigrantes e a negação da entrada de refugiados por causa da sua religião. Evocando os judeus que foram enviados de volta para a Europa, em 1939, a bordo do navio St. Louis, disse que “a América devia fazer melhor que isto”. “E acredito que é a nossa responsabilidade como cidadãos para o dizer”, acrescentou.

No seu historial acerca das questões do Médio Oriente, Hillary Clinton chegou a desagradar aos israelitas, quando defendeu o fim dos colunatos judaicos estabelecidos em território reivindicado pelos palestinianos. Tem alinhado com Obama nessas questões, sobretudo na disputa eleitoral com o seu rival, Bernie Sanders.

Hillary Clinton salientou que jamais os EUA iriam permitir aos adversários de Israel pensarem que haveria uma divisão entre as duas nações. “Temos de levar a nossa aliança até ao próximo nível”, defendeu, falando ainda do acordo nuclear e do facto de o Irão ter suspendido o seu próprio programa nuclear, o que tornou o mundo “mais seguro”.

Entretanto, Trump já respondeu aos ataques da ex-primeira-dama norte-americana. Numa entrevista à CNN, o bilionário disse que “falta stamina, falta-lhe força para ser presidente”. Quanto às críticas de Clinton ironizou: “Eu tenho as mãos mais firmes. Olhe só para estas mãos”, dirigindo-se ao jornalista Wolf Blitzer.

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