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João de Sousa

Quinta-feira, Abril 25, 2024

Labirintos do poder

Nos tempos modernos, em resultado de uma maior disputa motivada pelo crescimento intelectual do Homem face a necessidades elementares e também pela multiplicidade de pontos de vista e de perspectivas sobre si próprios e o seu papel na Natureza, o poder emergente gerou uma quantidade infindável de autênticos labirintos por onde se movimenta em teias complexas de forma a ser intransponível e, de difícil substituição.

Há, no reino animal, tendências naturais que ditam as causas e as consequências dos atos consoante as mutações ou, de transformação das espécies, mas também, dos seus vários estádios de organização consequentes aos ajustamentos impostos por regras de poder que se devem reportar a fatores diversos. Sendo que, o poder, é condição circunstancial da correlação de forças num determinado momento que visa sempre um fim determinado.

Não sendo de somenos importância a sua causa maior que tem que ver com o ciclo irreversível de um início e de um fim que poderei traduzir em o germe da vida e da sua morte. Assim, de uma forma simples. Porque se reportar esta matéria ao principio de Lavoisier: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Ou seja; a fórmula popular: “Pescadinha de rabo na boca”. Num e noutro caso temos o princípio da preservação da matéria não tendo Lavoisier descoberto um único elemento. Sendo que, para que a evolução fosse uma realidade contemporânea houve essa necessidade:

  • descobrir;
  • inventar;
  • transformar.

Um processo moroso para que, chegados ao século XXI, a consequência mais mediática do resultado interativo a que a sobrevivência obriga e que rege a conduta da mente e, por via desta, a conduta das pessoas, continue a ser o poder.

Ou seja, os animais agem sempre em função interativa reagente seja:

  • no afeto;
  • na rejeição;
  • na competitividade;
  • outros.

Que ditam a sobrevivência enquanto espécie ou a sobreposição superior através do poder que uns detém sobre os outros.

A teoria da conspiração assenta precisamente nesse sensor ao habilitar dissertação do raciocínio em livre arbítrio.

Esta tipologia do comportamento é corrente. Umas vezes justa, outras vezes injusta. Umas vezes apura-se razão ao juízo especulativo, outras vezes nem por isso. Sendo que, na política doméstica são mais as questiúnculas pessoais a vigorar do que teorias alargadas.

Coisa pequena em um universo à escala de um coletivo em que muitos juntam as suas vozes reclamando justiça na distribuição com equidade daquilo que a Natureza dá para que se possa viver, mas também, para que a justiça não seja uma mera figura de retorica na organização das sociedades nomeadamente na sua componente politica, social ou religiosa.

Há uma outra tendência natural motivada pela competitividade sobre a posse ou, domínio.

Esta tipologia é minoritária, mas demasiado aguerrida ao ponto de controlar todos os centros de decisão tidos por nevrálgicos na estabilidade mundial que, por falta de senso e de saber é indiferente aos efeitos diretos e indiretos que causa nos seus semelhantes e respetivos sistemas. Sejam eles sociais ou ambientais.

Quando destes últimos se apuram os efeitos nefastos provocados sobre terceiros e se conclui que os demais acabam por ser envolvidos sem que nada tenham a ver com as contendas ou feito o que quer que seja para que tais contendas tenham sido levadas ao limite, surgem movimentações organizadas, espontâneas ou, inorgânicas de fachada porque a organização é multifacetada e de interesses diversos mesmo que, controversos.

Surge por isso a necessidade de mediação que não sendo uma tendência natural, acaba por se tornar imperiosa para o equilíbrio entre todas as partes.

Nos tempos modernos, em resultado de uma maior disputa motivada pelo crescimento intelectual do Homem face a necessidades elementares e também pela multiplicidade de pontos de vista e de perspectivas sobre si próprios e o seu papel na Natureza, o poder emergente gerou uma quantidade infindável de autênticos labirintos por onde se movimenta em teias complexas de forma a ser intransponível e, de difícil substituição.

Importa por isso realçar a teoria da conspiração como sendo um contrapoder que tenta abrir caminho no anonimato que envolve os métodos e os processos congeminados por pequenos grupos ou células do poder efetivo deslindando os seus labirínticos tentáculos.


Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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