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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Activista que exigiu demissão de Passos Coelho vai ser julgada

troika
Uma activista que exigiu a demissão de Passos Coelho, em Março de 2015, nas galerias da Assembleia da República, vai ser agora presente a tribunal, onde será julgada no próximo dia 2 de Março, data em que, coincidentemente, se comemora o terceiro aniversário da manifestação “Que Se Lixe a Troika – O Povo é Quem Mais Ordena”.

A actriz Ana Nicolau fez parte dos manifestantes que exigiram a demissão do então Primeiro-Ministro, entoando a simbólica canção “Grândola Vila Morena” e interrompendo a sessão parlamentar onde eram questionadas as dívidas de Passos Coelho à Segurança Social. A activista recusou-se a pagar a multa e o processo seguiu para tribunal.

A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, manifestou, em comunicado “a sua total solidariedade para com a activista Ana Nicolau, que será brevemente ouvida em tribunal por ter exigido a demissão de Passos Coelho no Parlamento, em Março passado”.

Para os Precários Inflexíveis, “este julgamento representa a falta de liberdade de expressão, associada à desresponsabilização política de governantes que, como o anterior primeiro-ministro, não cumprem as suas responsabilidades fiscais e sociais, recebendo tratamento especial pelo seu posicionamento político”.

 

Dívidas de Passos Coelho à Segurança Social motivaram pedido de demissão

Recorde-se que esta associação exigiu, na altura, a demissão de Passos Coelho ao longo das semanas em que as dívidas do Primeiro-Ministro à Segurança Social estiveram na ordem do dia. O actual líder da oposição esteve cinco anos sem pagar contribuições à Segurança Social, quando trabalhava a recibos verdes, acumulando uma dívida que foi indevidamente reestruturada e parcialmente perdoada pelo ministério tutelado, na altura, por Pedro Mota Soares.

Entre 2007 e 2008, dezenas de milhares de trabalhadores independentes foram notificados para pagar elevadas dívidas relativas à falta de entrega das contribuições para a Segurança Social, até mesmo em anos em que não tinham auferido qualquer rendimento.

Os Precários Inflexíveis sustentam ainda manter-se “do lado de Ana Nicolau”, continuando a “defender e a exercer os seus direitos políticos, de livre expressão, e de reivindicação política”.

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