Quando pergunta com ar de gozo se “podemos esperar que os investidores invistam no nosso país com um governo apoiado na Assembleia da República pelo PCP e pelo BE” Passos deixa muito claro que não acredita na Democracia.
Das suas afirmações conclui-se que o governo deveria ser escolhido pelos investidores, sendo como tal desnecessário e até fútil realizar eleições.
Este pensamento tem predecessores, de má memória para o Povo Português, infelizmente para Passos Coelho. Salazar governou 48 anos com base num raciocínio semelhante.
Este apego à ditadura dos mercados, ao domínio da Finança sobre a Política, arrastou-o politicamente para a extrema-direita. É por isso que o PCP e BE, actualmente muito comedidos e cheios de bom senso, lhe parecem partidos da extrema-esquerda, que, pelo menos por ora, não são.