A edição deste ano do Carnaval de Torres Vedras terminou ao sexto dia de brincadeira, com o Enterro do Entrudo, na Quarta-feira, com mais uma enchente de foliões.
Este último momento do carnaval torriense era, há uns anos, um final de festa praticamente só para os habitantes da cidade. Actualmente atrai uma multidão quase igual à dos outros cinco dias.
A organização também melhorou este evento derradeiro. Há um desfile pelas ruas da cidade com carros alegóricos, banda de música e um grupo de carpideiras. Em frente ao tribunal é encenado o julgamento do Entrudo, que acaba invariavelmente condenado à fogueira. No final é queimado um boneco e termina com fogo-de-artifício.
O Carnaval de Torres começou na Sexta-feira de manhã com o corso escolar. Foram mais de oito mil “jovens foliões” que abriram o programa. Os estabelecimentos de ensino do concelho, 78 no total, convergiram para o centro de Torres Vedras onde alunos de vários níveis de ensino criaram aquele que é provavelmente o maior corso escolar do país, com um público estimado em 30 mil pessoas. Ainda na Sexta-feira à noite houve a cerimónia de entronização de Suas Altezas Reais, os Reis do Carnaval de Torres Vedras.
Seguiu-se o corso nocturno de Sábado, no qual participaram 47 grupos no concurso de mascarados. A animação culminou com a energia do carro Tócandar, que arrasta sempre uma pequena multidão eufórica atrás de si.
Segunda-feira à tarde realizou-se o “baile tradição” para cerca de mil seniores e à noite houve o corso trapalhão, com carros construídos pelos participantes espontâneos. Domingo e Terça-feira foi a vez dos corsos diurnos. Foram oito os carros alegóricos produzidos por empresas locais. Nota também para a presença de grupos oriundos de Wellington (Inglaterra) e Villeneuve d’Órnon (França), municípios geminados com o de Torres Vedras.
Ao final da tarde, no corso de Domingo, foram entregues os prémios do concurso de grupos de mascarados, que teve lugar no decorrer do corso de Sábado à noite.
No concurso participaram mais de dois mil foliões integrados em 47 grupos, que apresentaram dessa forma o árduo trabalho de confecção de vestidos e de coreografias realizados nas semanas que antecederam o Carnaval.
“Para Andar tem de montar” ganhou os prémios do público e dos grupos. O grupo “Foliões cá do sítio – Pula folião” ganhou o prémio da Real Confraria do Carnaval de Torres.
