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Nome do autor
Delmar Gonçalves, de Moçambique
De Quelimane, República de Moçambique. Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD) e Coordenador Literário da Editorial Minerva. Venceu o Prémio de Literatura Juvenil Ferreira de Castro em 1987; o Galardão África Today em 2006; e o Prémio Lusofonia 2017.
148 Artigos
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Quando a perdiz canta
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
XX
Quando a perdiz canta
acorda
toda a floresta.
XIII
Corvo de mau agoiro
traz mensagens
de morte.
V
A esperança
repousa inquieta
na pedra do mundo.
"Poeta solitário"
Cantemos
a beleza
e o espanto
Pois
solitários
permaneceremos.
"Rosto...
Ontem os chuviscos de lágrimas
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
XXXVI
Ontem os chuviscos de lágrimas
apagaram o rastro das gotas
da minha biografia.
XXXVII
Os Deuses sussurram-me
que moram nas pedras
que nos observam.
XL
Na viagem
descobri que...
Voa
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
"Voa"
Tens tua vida
presa nas asas do vento
Voa pássaro livre
voa!!!
II
"Pensamentos"
Meus pensamentos
não são imóveis
são como as ondas do mar
Só não andam ao...
Quando o silêncio
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Quando o silêncio
faz silêncio
vejo o silêncio
gritar no silêncio.
II
Há silêncio
do silêncio
nas entranhas
do meu silêncio.
III
Viver no exílio
atormenta-me
o coração
Oxalá meu Deus,
me devolvas
às planícies...
O regresso adiado de Malfez Razão Cassamo
"O melhor de uma verdade é o que dela nunca se chega a saber"
Vergílio Ferreira
Malfez Razão Cassamo ia para Lisboa, viver na Freguesia de...
Minha pátria
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Minha pátria
é o rio dos Bons Sinais
Por lá navego
com a constância das ondas
Foi lá
que bebi sura
dos seios de Augusta
Era doce...
Mamã
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Mamã
deixa-me gritar
a voz da revolta
amordaçada pelo tempo
Não quero
que a esperança morra
Porque em mim
acordou insónias!
II
"Vozes"
Vozes ancestrais
me murmuram
Com que propósitos
me murmuram?
Vozes ancestrais
me...
Céu Africano
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
"Céu Africano"
O céu
nem sempre
é cinzento
Por vezes
chega a ser azul
Nunca é verde
Apesar da morte
há o parto.
II
"Inventário de mim"
Fiz
um novo inventário
de mim...
Em Moçambique…
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
"Em Moçambique..."
Em Moçambique
ainda há Corvos
de mau agoiro
com sorrisos de Hienas
e um voraz apetite de Abutres.
II
Em Homoíne
destilam-se lágrimas
no vapor
do tempo
das balas.
III
"Vida...
Cinzas
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
"Cinzas"
Canto dormente
sobre as cinzas
da minha tristeza.
II
"Silêncio do exílio"
No silêncio
do exílio profundo
perde-se
o fio da palavra vital.
III
"Silêncio"
Ao incrédulo
responderei com o silêncio
pois para...
Soam os tantans da guerra
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Soam os tantans da guerra
e o rosto da morte
revisita
solo pátrio.
II
Na Gorongosa
o medo amanheceu
fantasmas de morte
e a vida congelou
almas de desespero.
III
Sempre...
Lágrimas
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
"Lágrimas"
As lágrimas secaram
no espectro
da bala perfurante
e a palavra morreu
no exacto momento
do parto.
II
"A espera"
Todos dias
novo parto
todos dias
nova morte
A réstea de esperança
ou...
Pássaros livres
Poemas de Delmar Maia Gonçalves
"Pássaros livres"
Já não há Pássaros livres
e os que há
já não estão
predispostos ao voo
Estão inertes
ansiando as balas.
"Zalala"
O céu amplamente azulado
cobrindo as...
Incógnito
Poema de Delmar Maia Gonçalves
"Incógnito"
Eu cidadão qualquer
de um mundo que já existe
e ninguém reconhece
Vou driblando
os postes esguios e tortuosos
por entre os seixos e pedras
dos...
Mulher
Poemas inéditos de Delmar Maia Gonçalves
"Mulher"
IV
Algo me chama para ti
algo me impele para ti
Será o teu olhar
será a tua voz
será o teu corpo
será o...
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